quinta-feira, 26 de maio de 2011

P.076 - O Luís Guerreiro veio ao Porto do Bando

O nosso Bandalho correspondente Luís Guerreiro, vindo do seu longínquo Canadá, apresentou-se em Campanhã para passar um dia com o Bando. Como programado, às 9,55 h. tmg Recepção à Moda do Porto, com o nosso Presidente a dar-lhe as boas vindas. Há mais de 40 anos que não se viam. Mas quem se quer bem sempre se encontra. Enquanto esperamos pelo Quintino que, segundo umas bocas, parece gostar mais da cama do que eu, fomos tomar o cimbalino da ordem. No Paraná.
De entre os vários itinerários propostos, adoptamos por dar uma tareia aos pés até Gaia. Atravessar a Estação, sair para o Freixo, descer pelo Mota e eis-nos na Gustavo Eiffel.
Primeira foto junto à placa comemorativa do embarque das tropas que combateram Soult há 200 anos. Começou aqui a derrocada do exército napoleónico. Relembre-se ao camarada Moreira, que estávamos juntos à Ponte do Freixo com a de D. Maria em fundo.

Mais uma recordação, agora junto à Calçada da Corticeira. Com meia Ponte do Infante à vista. Ó Moreira, esta é que é a verdadeira.

Um camone que andava por ali, - ninguém percebeu a sua nacionalidade - fez-nos um boneco com a Ponte de D. Luís em fundo. Pelo sim pelo não, o Bando agradeceu-lhe nos idiomas
mais conhecidos: Gracias, Mereci, Thankiu, ok Obrigado, pois claro.

Contràriamente aos costumes do Bando, alinhamo-nos e atravessamos a Ponte pela esquerda. Como manda a lei e a placa informativa. Para a posteridade, mas não original, uma recordação do Guerreiro.

Já em Gaia e bem próximo do objectivo, o Moreira resolveu estragar a intenção. Coisa que não costuma acontecer... poucas vezes. Um telefonema ao Biochene - ou Bioxene conforme gosta de dizer o nosso Presidente jteix45 - para saber se podia vir almoçar com o Bando. Infelizmente esteve incontactável todo o dia.

Já no final do repasto, composto para lá da pomada douro-transmontana, por salgadinhos, presunto, azeitonas cortidas, bacalhau - pois claro - e arroz de tamboril com gambas, caféses e bagaço muito (sobremesas não sei se se comeram, pois tive de me ausentar até à rua para meter a dose), o nosso simpático assistente prontificou-se a registar o momento. Ninguém consegue entender a cara de mau do Moreira nestes momentos felizes, já devidamente etílicos. Seria porque os seus pèzinhos ainda estavam a arder ?


Desta vez foi um Japa - ou coisa parecida - que amàvelmente fez o boneco. Não sem antes nos ter pregado um susto. Calculamos que ou a máquina, ou os seus óculos, ou todo o seu corpo, ou tudo junto, iriam parar ao chão. Felizmente nada disso aconteceu. Mas que o homem mostrou uma grande atitude profissional, lá isso não nos restaram dúvidas. Aquele abaixar e abertura de pernas quási em arco perfeito, foram demais.

Após um pouco de ar fresco junto ao rio, fomos até ao Mercado.

Pensava eu que iria tomar um café para o sossego e alguém se lembrou que eram horas de tomar um Porto. A simpatia do senhor Amorim foi ao ponto de nos abrir a sala de jantar para estarmos à vontade - até às 4 horas - . Lá foi uma garrafita de Ruby, que nestas coisas o Bando não é de etiquetas. Muitos brindes como é da praxe e logo ali se marcou para o dia 15 de Junho uma sardinhada no Campidouro, no palacete do Peixoto. Com a presença do Guerreiro, que voltará pouco depois ao seu Canadá. Tema para futura retoma.

Sem legenda a Mensagem do nosso Presidente. Com um Presidente destes quem precisa de outro. Penso eu de que ...

Se dúvidas houvesse sobre a qualidade presidencial do jteix45, digam-me quem mais seria capaz de descobrir um senhor sentado na sombra do Cais de Gaia, olhar para ele e dizer-lhe: Eu conheço-te. Tropa, Guiné. E o senhor, calmamente, levantou-se e apresentou-se. Estive em Barro. A minha companhia era a ... deu um número que não fixei. Salta o presidente: Vocês foram substituir a nossa. Pronto. Como estava por ali próximo o Moreira, o presidente pediu a sua apresentação imediata, para fazer as apresentações. Meia dúzia de minutos foram suficientes para o Moreira adormecer. Em pé. Até parece que passou por Vendas Novas tentando imitar um outro Teixeira, de apelido Portojo. Mas isso foram filmes com cenas eventualmente chocantes.
Nos intervalos das discussões sobre o ASCO, as rações de combate, Guileje, Gandembel ou Gadamael, Barro, Norte que é Leste e por aí fora, há sempre tempo para um boneco artístico reflexário. A luz não estava muito de acordo mas faz-se o que se pode.

Juntinho à relva - e não é só a bola que deve andar por lá - também se guardam lembranças para mais tarde recordar. Guerreiro e Peixoto, dois da 2410. Faltava o Quintino. Mas há-de aparecer.

De regresso à travessia do Douro, pela Ponte, claro, e sempre pela esquerda, o pessoal lá vai a caminho da Ribeira.

Para o Presidente guardar a melhor foto, durante os seus 65 anos, que alguém lhe fez. Nem quando começou a sentar-se, o Salvador fez coisa tão bela. Também era difícil, pois ele é mal amanhado de nascença, embora agora esteja mais bem compostinho. Uma vantagem para os fotógrafos actuais.

Desta vez era impossível o Moreira estragar a foto, pois por natureza ela estava já estragada. Aquele mamarracho - igual ao que está do outro lado - significa o local onde existiu a Ponte das Barcas, de trágica e triste memória para as gentes do Porto, especialmente as ribeirinhas -mostra o pior gosto de arquitectura. Se tivesse sido feito por uma aprendiz de Belas Artes, dar-lhe-ía o direito a reprovar 5 anos seguidos a entrada na Faculdade. Mas como foi projectado por um arquitecto de nível mundial, segundo os Presidentes dos Prémios, é obra asseada. Pobres Ribeiras que têm monumentos destes. Pobres cidades que aceitam ter coisas destas no seu seio. Pobres Presidentes municipais, que aceitam isto. Não haverá um grupo especialista em roubar estas coisas ? O Bando ajudava.

Lembrou o Peixoto e muito bem que era hora de tomar uma cervejinha. Ou um copo de vinho. Pois bem, foram as duas bebidas em uma, com um pouquinho de açúcar. A tal chamada receita, de que não sou apologista. Mas quem sou eu para contrariar o Quintino ? Claro, o Guerreiro tinha de provar as Iscas da Dona Ermelinda, que continua linda. Embora as Iscas sejam feitas pela filha, que continua cheia de tremideiras. Mas que para o caso não interessa nada.

No Cubo da Praça da Ribeira, alguém nos fez o boneco. Já não lembro quem foi. Mas estou desgostoso. Está um papel no chão e ninguém reparou. E uma cadeira que era suposto não estar ali. Mas está, está. Nada pode modificar a situação, nem mesmo o Photo-é-fixe.

Continuamos a ter muito gosto em fotos tipo capa de 45 rpm dos sessenta do séc. XX. A luz de trovoada sem cheias paira sobre Gaia.

Mais uma dos olhos de lince do nosso Presidente, que Deus o guarde por muitos anos, pois sem ele não saberemos as picadas a seguir. É que havia sido colocada esta faixa no Palácio das Cardosas, futuro Hotel, provàvelmente em homenagem ao nosso querido Bandalho. E mais uma vez o Presidente tem razão. O nome dele é com X que se escreve. O resto é paísagem e mai'nada. E quem não estiver de acordo que dar vanho ao cãom.

Nesta altura do campeonato já o Moreira nos havia abandonado. A desculpa foi a de que ía ao Santos. Ora o ir tem muitos significados cá para a rapaziada. Mas mais uma vez, isso não interessa para nada. Interessa que nos fomos despedir a Campanhã dos Luís Guerreiro. Uma chavalita fez o favor - disse, com muito gosto - de fazer a foto do grupo. Para que conste, determina-se e publique-se.

E pronto, lá partiu ele num TGV cheio de pressa, tremidinho da silva. Eram 20,15 h, tmg.

Guerreiro, o Bando agradece a tua visita. Até 15 de Junho.
A tempo: Note-se que encontramos o Quim Mendes Pum no seu belo carrinho, que nos fez um Olá, pois ali no meio de S. João, a caminho do Túnel, não dava para mais. Esperemos que seja um dos presentes.


9 comentários:

  1. Bandalhos (por correspondência). Onde terei lido isto?
    Pois cá está o Premiado Luis Guerreiro a quem o Bando apostou criar barriga. Era o que acontecia se ele não fosse Bandalho por correspondência.
    É que lá no Canadá come-se mal e o frio é que come tudo.
    Gostei da Narrativa, da atitude Bandalho/Presidencial, e, sobretudo da memorável Foto/Histórica do jteix45 com o barco a sair do telelé.
    Correu tudo muito bem abandalhado pelo que acabou bem.
    Que o Guerreiro tenho uma óptima viagem de regresso, que a minha está por dias.

    Um abraço aBandalh(o)ado, do
    Santos Oliveira

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  2. Hoje só venho aqui colocar uma pequena dúvida!?
    Como é que o pessoal do bando que anda horas e horas a pé, segundo o cronista-mor, mostra à evidência ventres cada vez mais salientes?
    Andar a pé faz assim crescer tanto os ilustres "bandulhos"?
    Abraço, amigos

    Vasco A. R. da Gama

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  3. Caro 'Portojo', excelente foto/reportagem!
    Obrigado e parabéns!
    Hélder

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  4. Que lindo.A sua alegria é notada em seu texto.
    Imagino a alegria desses homens todos ...
    Obrigada por nos deixar fazer parte da sua estória.
    Adorei o comentário sobre a linda dona Ermelinda e a filha...kkkkkkkkkkk
    Ri muito dessa vez , com esse post.
    Amei aquela luz da foto com Gaia ao fundo...lindo
    Que Deus te conserve sempre assim...do jeitinho que é...
    Glorinha

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  5. Sinceramente, gostei da reportagem que está recheada de humor e camaradagem, como é desejável.
    Os meus parabéns e agradecimento, ao repórter e a todo o grupo.

    António Alves, da 2410.

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  6. Resposta ao Santos Oliveira: Pois vê se vens depressinha para nos acompanhares no 15 de Junho. Acho que já deves estar cheio do frio e da chuva inglesa.Mas tu é que sabes...
    Resposta ao Vasquinho : Segundo o pedómetro, só ontem foram cerca de 8 km de caminhada. Qualquer dia o nosso ainda primeiro quer saber como os velhos conseguem esta coisa. Quanto às barriguinhas - ou barrigodonas, conforme a opinião de cada um - há quem diga que são o mááááximoooo de sexi... Tás a ver a cena...Logo, para se manterem, têm de haver muitas paragens intercaladas com as caminhadas.
    Uma nota para a Glorinha: Ao fim de tantos anos, só ontem soube o nome da D. Ermelinda. Para mim foi sempre o tasco do Sr. Antõnio. Que Deus o tenha em paz.
    Um abraço aos nossos comentadores.
    Portojo

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  7. Foi sim senhor, um agradável passeio a "penates" desde a estação de Campanhã até Gaia, pela marginal. Tudo muito certinho, curtinho e levezinho, que para mim que estou habituado a grandes caminhadas, (virtuais, tá visto), vê-se pela estrutura óssea, não foi nada... e andei eu preocupado com a fazedura dos 65 para o grande benefício do passe dos 50%, para os autocarros andarem sem mim, maldita Bandalheira que está marada.
    Um agradecimento ao Guerreiro pela agradável visita, um obrigado ao repórter privativo por mais esta, excelsior reportagem, (chiu, é só para dar graxa pelo destaque da foto que nem moldura tem e se não fosse o modelo não tinha qualquer valor artístico) e aos comentadores por estarem sempre presentes, quando quiserem aparecer, a gente perdoa os apartes...
    Se não for antes e vai ser... até 15 de Junho.
    Um abraço com muitos xis-corações.
    cumprim/jteix

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  8. Gostei, foi lindo, repitam-se estas situações sempre que pudermos para mais tarde recordar.(Quando estivermos a chegar aos 100 reflectirmos, que pedalada o pessoal tinha naquela altura).

    Manga d abraços para todos.

    Adriano Moreira

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  9. Agora para o decano dos cronistas e reporteres aquela cara que ele acha de mau é apenas e sómente um fácies sério, compenetrado de olhar prescrutador (que só não se vê por causa dos óculos) feito muito a propósito para dar alguma solenidade ao acto.
    Estamos entendidos Sr. Portojo? Ou é preciso reservar mais um lugar no Campo Pequeno.
    Não te ponhas a fangues e depois queixa-te ao Sindicato.
    Manga de abraços.
    Adriano Moreira

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