domingo, 16 de junho de 2013

P.116 - O Bando e Outros Bons Rapazes

A mensagem da operação chegou-nos um dia do longínquo ido mês de Maio na Tabanca dos Melros (é fino meter uns palavrões em frases nos escritos pseudo-intelecto-guerreiro-comestíveis e é disso que a minha gente gosta) e logo o Bando começou a limpar as armas. Ou conforme diz o Zé Ferreira de Catió, o "Corta-Palha".
A mensagem foi arquivada na Pasta Atacar Deglutinação e na última reunião do Bando no passado dia de Santo António ela saltou enquanto marchava um Frango à Artur e um meio bife na Churrasqueira das Antas. Logo ficaram exarados em Acta (ou será Ata ?) os seguintes Pontos:
1. Apoiar a Operação. (Estava decidido há Manga de Chuvas mas fica bonito registado em Acta - ou será Ata ?)
2. Por causa dos possíveis vapores etílicos que se espalharão pela Tabanca Transmontana, recomenda-se usar o Transporte Machibombo da Rodonorte. Ou do Santos, tanto faz.
3. Aceitar o apoio de esquadrões vindos em forma da companhia do Vermelho, Vermelhão Barbosa, ajudando assim a esquecer as mágoas de batalhas perdidas deste glorioso combatente das cores mouriscas. Veja-se Operação do Tetra-qualquer-coisa. 
4. Aceitar e Saudar a presença do Infante Azulão Manuel Cibrão.
Os Melros andam em Bando e portanto dá tudo certo. Mesmo em Operações especiais, com ou sem Rangeres, que estão muito em moda mas de agenda cheia. Mai'nada.  
O Horário da saída no Machibombo era às 10 horas. Mas o pessoal às 9 horas e pouco já andava pelo Bolhão e Santa Catarina a tomar um cafézinho e a comer umas torradas. Início da preparação para o combate violento que se adivinhava para breve.
Como é da ordem, forma-se a Bicha Pirilau. Hoje em dia parece que dizer-se-escrever-se Bicha não é muito correcto. Mas são hábitos que perduram desde os velhos tempos em que Bicha era Bicha. Agora para evitar confusões deve dizer-escrever-se Fila.
Bicha ou Fila o certo é que estivemos lá no Ponto à hora da partida.
Uma maravilha utilizar-se o Machibombo. 
Dá para tudo, até para recordar os velhos tempos dos fins de semana de antigamente. Vocês sabem do que fálo. Do verbo Falar, presente do indicativo, primeira pessoa do singular. Nada de confusões.
A chegada a Vila Real foi apoteótica. Não teve Bombos nem Fanfarras, mas o Fernando Súcio e outros camaradas lá estavam nas Honras. E a preparar a nossa mentalização para a Luta.
Em verdadeiras limusines, levaram-nos ràpidamente e em força para o local do combate. Salazar, o velho Botas, disse isso mesmo. Ou mais ou menos, que para o caso não interessa nada. Mas aposto que até nos condecorava pela rapidez da Acção (ou será Ação ?) 
Antes do ataque, verdadeiramente dito, conhecer novos camaradas é praxe saudável. Tomar uma loirinha também, até para acalmar do calor africano que se fazia sentir P'ra lá do Marão. E esperar outros camaradas que tinham ido à pesca, desde Crestuma; e pelo Lobo auauuu de Alijó, que chegou no seu resplandecente Ânglia Fascinante de 1967. Que ainda dá 127 nas retas. Aquela coisa parece a montra de uma loja de bricolage. 
 O Fernando aos comandos, desdobrava-se para que tudo estivesse nos conformes. E vai daí...
Os colaboradores da tropa aprontaram os terrenos para começarmos o ataque ao IN. Para melhor elucidação sobre o número e nome dos sitiados, segue foto à parte. É só ampliar.
Pessoal reunido, sai o toque de atacar.As tropas perfeitamente bem organizadas, entram num plano bem urdido. Sucesso absoluto.  
Um pequeno descanso para reorganizar as tropas e ao qual se seguiria o ataque final para total desmantelamento das forças IN.
Elas, as ditas forças IN (para o colesterol e afins) estavam reunidas em grandes travessas de Legumes e Carnes sortidas e de sabores tão aristocráticos, espalhadas pelos vários cantos da Tabanca, c'até custava dizimar. Mas tinha de ser, e o que tem de ser tem muita força. Nome da operação: Cozido à Transmontana.
Eu e o Quintino ficamos na retaguarda e apanhamos uns fugitivos Lombos de Porco assado. Nada escapou.
No remanso da pós-operação onde umas tremidinhas sobremesas pagaram o que deviam, isto é, a rendição total para evitar grandes danos (o repórter não estava lá e "partante" não sabe como tudo acabou, mas imagina porque o Presidente-General Bandalho estava) trocam-se ideias não se sabe bem quais nem sobre quê. Serão os etílicos vapores de que falava o Presidente-General espalhando-se pela atmosfera ?
O Barbosa vermelho-vermelhão de vez em quando pegava na tablete e fazia registos. Vamos ver se o serviço de informações recebe alguma coisa de válido. 
O repórter sossegadinho no seu canto com uns cafézes que uns ordenanças iam trazendo periodicamente e uma garrafa de amarelinha à disposição não ligava nada ao ambiente. Logo, por conseguinte, por consequência, estava mais para lá do que para cá e nada era mais importante do que o tal sossego sentido à maneira d'um bom pé descalço.
Mas a vida continua - ou continuou - e bem próximo do local da operação, há um parque-santuário no qual, pensou o cmdt, fariam bem umas caminhadas e inspirar ar mais puro. Sugestão acordada, toda a Bandalheira chegou lá ao cimo nas limusines de assalto e descontraídamente. Depois de um grande combate, foi um prazer ver os assaltantes armados com novas armas. Um combatente ao Cozido e outros afins também pode dar num bom repórter. Espero que tenham registado belos momentos para a posteridade. A Nação agradece.
Uma espécie em vias de extinção. O Bando quer e faz votos para que não desapareçam os Coretos, antigamente espalhados por praças e jardins das Terras do nosso Portugal.
Pedras simbólicas estão espalhadas pelo Monte. Esta refere-se às famílias que criaram Justes no séc. XIII. A carta do Povoamento é de Agosto de 1222. Mas melhor será dizer que foram os refundadores. A povoação tem vestígios pré-históricos.
Os combatentes posando para a eternidade. Só alguns estão presentes, pois outros voltaram para a sua pesca e ou às suas terras.
 Lindos que eles estavam. Ou deverá escrever-se "estiveram" ?
Momentos reflectivos. O eterno Presidente Bandalho JorgeTeixeira (J.Teix. para os amigos) aproxima-se do sempre eterno candidato a Presidente do Bando Jorge Teixeira (Portojo para os amigos e não só). Cada um com os seus pensamentos e o seu cigarro. É a pausa dos guerreiros.
Descendo o monte, é hora de uma loirinha. O Adelino encaminha-nos para os Bombeiros de Justes.
Uma velha recordação se nos depara.
É uma foto do lugar para recordar o belo dia, com muita amizade, convívio e boa comida. Tá-se bem P'ra lá do Marão. E prontos, mai'nada.

Ficou para o fim uma pequenina informação: O Vinho, Branco e Tinto e Muito, era bom de +. O Bagaço também. O Jiripiti parece ser uma pomada altamente inflamável. Não marco posição. A garrafinha especial com um líquido dourado ofertado como recordação do Gonçalo, está de reserva. Brevemente sairá do frigorífico.
A água e refrigerantes, foram de baixo consumo. Por isso e embora não tenha provado, tudo leva a crer que eram de baixa qualidade. Penso eu de que...

Coisas boas que os convívios nos trazem. O Cibrão encontrou o Mário, velhos camaradas desde o tempo de Tavira. Já lá iam mais de 45 anos. Cujo Mário, que acabei de conhecer, foi amigo e companheiro do Velho Arlindo, já falecido e do Rogério. Ambos jogadores do Vasco da Gama. Meus amigos e do Álvaro das Gatas, O Brasileiro. E esta hemhem !!!!...