quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

P.110 - Reencontrando o Barbeitos

Uma coisa é o que combinámos ontem, outra é aquilo que o dia nos trás. E antes de mais aqui vai um abraço do Bando para o Biochene e desejos de rápidas melhoras para o filho.
Não será esquecido o seu convite e daqui a quinze dias já vai dar para comemorarmos tudo e todos juntos.

Seguindo e porque é dia de Bando, os encontros foram sucedendo aos poucos. Nos entretantos resolveu-se o Caso da Panela e depois foi só dar corda aos cheantes, do Bolhão até a Progresso, até porque estava um dia lindo de sol escondido com raios de fora e um calor aprazível de uns 14 graus.

Pelo caminho nada como apreciar novas salas de amesentações e petisqueiras na Praça, bem simpáticas e de preços razoáveis.
Mas os pormenores ficam para outras ocasiões.
Subindo os Clérigos para comprar Aspirinas e com o destino intermédio marcado para a nova Praça de Lisboa, um olhar para o esplendor do Palácio das Cardosas, como se sabe - mas para quem não saiba - hoje convertido num belo Hotel de 6 stars, com os Congregados à esquerda e no alto de 31 de Janeiro, Santo Ildefonso.
Foto de artista e mai'nada. 
Mas há muita coisa para ver pelo caminho, e a moda é estar na moda como muito bem chamou a atenção o Jorge (Peixoto), para estes sensacionais butes de senhora.
Bela prenda de um enamorado para a namorada, no dia de S. Valentim, pois então.
Delícias para olhar nesta caminhada por Clérigos acima.
Curiosas estas fardas de uns jovens que não devem ser da Geração à Rasca, fotografando jovenzitos, esses quem sabe, ainda nem tenham Geração escolhida.
À meia sombra da Torre dos Clérigos, fotografam-se à vez. Mas a farda é linda.
Eis-nos na nova Praça de Lisboa, local do antiquíssimo e saudoso, segundo os velhos escritos e os ditos da minha Avó, Mercado do Anjo. Demorou a sua "renovação", com o prazo de abertura adiado creio que durante três anos. E a estátua do também saudoso Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes lá voltou a mudar de local. Mas foi coisa de metros, poucos.
Será ainda saudoso, ou talvez não, este local para muitos Bandalhos e não só. Durante uma geração de quási 15 anos, foi o local de partida e chegada de muitos de nós, na altura e principalmente em andanças de aboletamentos. 
Uma entrada no edifício da Reitoria da Universidade para verificar se o Museu de Mineralogia já estaria aberto. Negativo. Devem estar a limpar com minúcias as peças, pedras preciosas e outras, ou então a preparar novo aspecto museológico.
O certo é que a coisa está demorada e ainda não foi possível ver se existe lá uma Alexandrita. Quero cumprir uma promessa, mas ainda não foi desta vez. Paciência, DHI.
Mas os Leões continuam lindos e sem pinturas escaganifobéticas com que de vez enquando energúmenos nos resolvem brindar.  
Em ritmo de passeio, encontramos uma nova loja gourmet onde fotografar interiormente não é possível. O Bacalhau pendurado, visto cá de fora, é uma peça linda de decoração.
Muitas coisas ficaram registadas mas eram horas de chegar ao velho Progresso.
E a surpresa foi encontrar o Barbeitos, camarada que pessoalmente já não via desde 11 de Setembro de 1967. Na Guiné foi companheiro de andanças e "partiu" bolanhas com o Jorge (Teixeira, Presidente) e o Moreira. Velhas histórias, recordações de passados. Quási duas horas de converseta da boa. Veio de Lisboa para se encontrar lá no norte, em Monção, com outros camaradas. Entretanto passou pela Tabanca de Matosinhos.
O Vasquinho das Águas também compareceu para partilhar emoções. É disto que o meu Bando gosta.
Era - foi - o momento das despedidas, cada Bandalho para seu lado e os 3 Jorges meteram-se no sentido do refeitório das Antas, pois a hora do grande jogo aproximava-se.
Pelo caminho, feito a pedantes, umas recordações da Cidade entre o final do dia e princípio da noite.
Em Sampaio Bruno, que já foi o início de Sá da Bandeira, uma piadinha do Presidente sobre o boneco do Embaixador e um olhar saudoso para o RECO onde antigamente uns salgadinhos eram aperitivo de final de dia, bem acompanhados por um Acácio Rosé. 
Reflexos interessantes no mamarracho envidraçado, entre velhos prédios de granito, do Hotel Teatro. É o edifício da Brasileira reproduzido.
Enquanto a luz do semáforo não muda, uma foto-suicida do meio da Avenida Fernão de Magalhães.
Entre um queijo simples mas saboroso, molhado em azeite e azeitonas pretas bem inchadas, com alho e também embebidas no seu produto final, uns galetos saltaram partidos pequeninos com o picante da ordem, bem saborosos - quem sabe, não seriam já saudades deles -, o jogo foi decorrendo emocionante. Entretanto chegou o Quintino só para o Café (os netinhos são uma praga...deliciosa) e surpresa, depois de deixar a rapaziada distribuída, foi-me mostrar o local da antiga Quinta do ou da Mitra, que foi pertença de seus antepassados. 
Entre vias rápidas e caminhos dos quais ja nem me lembrava, outros também nunca conheci, uma foto da ruína da Capela e da Casa, feita cá de longe.
Uma passagem rápida por Bonjoia e fiquei a conhecer a velha fonte, talvez umas alminhas, mas é tudo tão escuro que só de dia se conseguirá fotografar alguma coisa. Um viaduto passa mesmo por cima, mas parece que a fonte está adoçada a um velho muro de pedra, mais ou menos recuperado. Pormenor a investigar.
Por isso, ficou pensada uma proposta dirigida ao Bando para ir conhecer Bonjoia, já ali, em Campanhã.

Adeus, até ao meu regresso.