Ontem foi a última reunião oficial do ano. Todas as Actas - acabaram as Atas, prontos - ao longo do ano foram devidamente aprovadas, não houve rectificações e este secretário promovido a general não se sabe bem porquê, acaba por publicar a última. Agora e aqui já.
A tarde-noite até que não estava fria, qualquer coisa como uns 7 a 8 graus. A Lua deixava-se ver e o Café Progresso, sede do Bando, estava quási cheio.
Tão cheio que o Bando teve de utilizar mesa especial. Uma vista do exterior, com o Bandalho Moreira Admor a botar faladura, segundo se depreende pela foto captada pelo secretário general, que como é fácil de imaginar estava na rua a esgaçar duas, depois de apreciada a loirinha e embutida a torrada. D'a praxe e mai'nada.
Finalmente tivemos o regresso de D. Fernando De Almeida E Biochene, Barão de S. Roque, vindo de longínquas paragens. Prometeu contar as suas aventuras em próximas reuniões, que deverão ficar registadas em Actas clandestinas. Prometido e aprovado por unanimidade. Cansado ainda da viagem, pediu autorização para se ausentar cedo.
O que foi aceite por unanimidade mais uma vez. Mas isso seria lá mais para o final da tarde.
O Presidente Bandalho sempre atento ao desenrolar da reunião enquanto o Moreira Admor regista para dentro sonhos que já vêm desde há 40 e tal anos. Sonhos simples, de um avanço de G3 sobre a capital para f......dê-los a todos. Sem misericórdia.
O Peixoto estava com os calores todos. Deve ter ido a outra reunião antes.
A foto final para o registo da acta. O serviço do Progresso estava muito complicado (palavra linda, muito em moda e que serve para definir tudo e mais alguma coisa) e por isso não tivemos ajudas externas. Alguém tinha de ficar de fora e como sempre é o secretário, agora promovido a general.
Definido o repasto no Abreu, tivemos de aceitar com muita pena a partida do Moreira e do Biochene, e fomos atrás do 801 na Cordoaria. Pelo caminho deu para apreciar as praças e ruas engalanadas e luminosas tentando fingir que há Natal para todos.
Uma espreitadela ao saudoso Luso e bora e siga.
Não sabemos as razões mas a Velha Senhora está cada vez mais inclinada. E sempre para o mesmo lado.
801 tomado, saída na Praça das Flores, uma voltinha pelo jardim com uns fumos esquisitos a rondar.
Agora a coisa tinha arrefecido - leia-se tempo e não outra coisa - a estrelinha redonda indicava-nos o caminho para o Abreu.
Táva na hora de ver o Portinho em Madrid. Portooooo...
O frio estranhou-se e depois entranhou-se que até para pegar na loirinha esteve difícil. Mas já o Senhor Abreu tinha um presuntinho cortado à mão, pronto para ser açambarcado.
Claro que houve outros petiscos. Sardinhas e Carapaus miniaturas fritos, coelho, tranches de boi, ovos estrelados, batatas fritas. Foi a noite dos desejos.
O bom da festa veio depois, mas a rapaziada enterneceu-se com a minha velha camisola. Ainda bem que essas coisas não entram na Acta.
E o Bom foi um QUEIJO DA SERRA AMANTEIGADO, acabadinho de chegar de Seia que fez a delícia da rapaziada. Especialmente a mim e ao Peixoto, porque enfiamos um tinto de Monsaraz a acompanhar.
Claro que também houve doces, muito sortidos e de chocolate, chantili, sei lá. Sei que não me lembro se comi alguma dessas coisas que fazem tanto mal ao colesterol e afins.
Estávamos tristonhos, o nosso Porto tinha mandado em Madrid mas não adiantou nada.
Amandar quatro bolas, quatro, aos ferros e falhar um penalti não é para todos. Posto isso, já nem ouvimos a entrevista do destreinador nem dos azarentos artilheiros da nossa desgraça. Ora posto isso, foi-nos posto cafés e uiskie 13 anos 13, do qual não ficou nem uma gotinha.
O Peixoto se não morre do coração, ainda morre de uma cirrose. Eu idem. O Quintino já não morre do coração porque tem um emprestado, de cirrose também não porque bebe pouco. Quanto ao Presidente está como nunca. Esse não morre de nada a não ser por amor. Amor do tinto, do branco, muito, mas sempre em copos pequenos. Muito doce, muito coelho, muitas sardinhas e carapaus, muito presunto. Tudo muito. Menos de amor pelo Portinho. Leia-se Futebol Clube.
Lembrámo-nos do Moreira, porque tinha ajudado à missa. Com ele é também tudo muito. Até do Pénis de Mesa, desporto que o médico não lhe recomendou praticar porque faz mal à coluna. E se ele sofre dela,... caté doi a aspirar qualquer coisa. Por exemplo o chão..
Ainda bem que estes finalmentes não podem nem devem ser metidos na Acta. Mas acho que já referi isso, tanto mais que o secretário general - eu - não estava em condições de meter nada. A não ser as luvas...
Mais uma recordação geral. Está perfeita a imagem porque foi um estranho que a fez. Mas também só saiu à melhor de três.
O Senhor José de Abreu está feliz no meio dos Bandalhos.
Cozinha fechada e bar aberto, casa vazia com excepção de quatro Bandalhos que não atam nem desatam. Mas atar ou desatar para onde ? Isso não se pode dizer-escrever.
A Casa Abreu, renovada, expõem uma galeria de variados estilos de pinturas, cerâmicas, artesanatos. Um mimo. Parabéns José de Abreu.
O pessoal acabou por desandar como na ciranda. Recordações na noite de Campanhã.
Igreja do Bonfim, lá ao longe.
O Estádio do Dragão, triste, sem luz nem alma. Embora essa ALMA fosse mais sentida antigamente para o lado de Paranhos e era pertença do Salgueiral. Que fez 102 anos. No passado dia 8. Salgueiros, Meu Salgueiros...
A título de lembrança, o Bando do Café Progresso faz o seu Natal juntamente com os Melros na Quinta dos Choupos, em Fânzeres, no próximo sábado.Bem próximo do Metro.
Vai ser uma chilreada daquelas. Se o nosso Presidente permitir, publicaremos o som.
Ainda há lugares. São só 20 paus.
Desculpem qualquer erro de sintaxe, ortográfico, ou outros. Para além dos acordos de que não gostamos, sobram sempre uns vapores etílicos para o dia seguinte a estas reuniões que dificultam a escrita das Actas.
Penso eu de que e o Presidente também.