quinta-feira, 31 de julho de 2014

P.144 - Operação Enguias

O Bando passou das atas para os actus (ou será das actas para os atos) e movimentou as tropas para uma grande operação que o Almirante Quintino projectava desde Outubro passado.
Ei-lo explicando aos altos comandos reunidos em Campanhã o que representa (representou) para a consolidação dos nossos espaços corporais esta OPERAÇÃO ENGUIAS.
O Presidente não confia nem delega seja em quem for as suas responsabilidades logísticas.
Tomou as suas notas e mandou-nos comboiar para S. Bento.
Delineada a "grosso modo" a operação, o Comando sob o comando do Presidente passou por S. Bento afim de verificar se esta base seria um bom ponto de apoio.
Faltavam mais um detalhes operacionais tentando-os resolver no bangaló de campanha do Taxco, onde a nossa escuna Sagres faz campanha - diga-se de passagem de gosto muito duvidoso - às águas que a Operação Enguias poderá ter de enfrentar.
O secretário-general farto de ouvir planos e estratégias que já não levavam a lado nenhum, resolveu apanhar ar.
Bons soldados-oficiais-generais-almirantes e afins, ordenaram-se para a última acta-actu do dia.
É o momento da descompressão e votos de boa noite.
Amanhã é -será, foi - o grande dia. 
Como nos dias das grandes vitórias de antigamente (agora as grandes vitórias são-nos descontadas no pré) o primeiro grupo de combate sai de S. Bento sem antes olhar a Sé do Porto pedindo ao Bispo que reze pela nossa protecção. O coração quási nos cai nas mãos. É de madrugada e temos de ir à vida.
Encetada a marcha no Alpha-Urban, nome de código do transporte da coluna, vamos conquistando terrenos.
Túnel após túnel, pontes em cima de pontes, o ataque será imparável.
Em Campanhã o comando reúne-se.
A travessia do Douro não tem já problemas desde que se operacionalizou o Maquis de Crestuma.
Olhamos ao longe a Cidade que é em prestígio e reconhecida mundialmente como arregimentadora de Bandalhos.
Estamos a chegar à fortificação do David Guimarães em Espinho.
Passamos pelo GACA3 em altas velocidades, território já conquistado há quási 47 anos, e Ovar prepara-nos uma bela recordação.
Entramos pela Beira-Litoral sem oposição e o speed do agora quási TGV é imparável.
Braços da Ria que o Vouga provoca - ou será o mar ? - aparecem-nos a todo o momento, acariciando-nos com o olhar.
Aveiro, a terra da Conquista e a razão desta Operação Enguias.
Os heróis posam para a posteridade após o desembarque no TGV-ALPHA-URBAN. O Peixoto parece ainda não acreditar como esta primeira fase do acto - ou será ato ? - foi fácil de fazer.
Em Aveiro só se desce por escadas normais...
Em Aveiro, o local da muda de águas ainda é grátis. Vamos mandar esta observação para os comandos gerais da sede da grande nação, entricheirados lá na mouraria e arredores, para mandar colocar torniquetes com abertura por 50 cêntimos. Como em Campanhã e em S. Bento.
Mas as subidas em Aveiro são por escadas rolantes. A coisa está a melhorar. O Manuel Guimarães, mais conhecido por Contra-Almirante Cibrão, não tem a certeza se a mangueira da muda recolheu devidamente. Pelo sim pelo não é melhor espreitar. O Campeanense transmontano e condutor-auto-pesado Fernando Súcio regista o momento para a ata - ou será acta ? - da operação.
Agora começa a sério a Operação. Parece que um inimigo abandonou o edifício velho da estação deixando-o em péssimo estado. Assunto a analisar.
É - foi - reconfortante a temperatura à sombra, o que nos deixou entusiasmados.
Tiramos as medidas à Lourenço Peixinho para que no regresso ainda cá esteja sem armadilhas.
Os comandos meio perdidos. Valeram os Almirantes. 
A ordem foi tomar de assalto o Centro Comercial.
As enguias da operação logo se verá. Cada um para o seu lado, meio perdidos nas montras. Não sabem se entram ou se piram.
Alguém se lembrou que era digna de visita a zona da restauração, lá no alto. Negativo o interesse estratégico. Era ainda cedo para loirinhas e ovos moles.
O melhor é retornar, ouviu-se e obedeceu-se à voz do Presidente. E mai'nada
De ponto em ponto, uma paragem não para reabastecimento mas para acrescentar elementos ao camuflado.
Enquanto o presidente e o secretário general foram-se dessedentar com umas  loirinhas que não poderam ser registadas em acta por parecer mal o abandono das fileiras, mesmo que temporário (só nós é que sabemos, presidente), parte do alto gabinete operacional mostra a nova camuflagem para se proteger de um inimigo que só eles sabem quem é.
E começa a fase final da Operação Enguias. Mas não é verdade, pois os almirantes e agentes secretos passam pelo inimigo sem os ver. Este secretário-general que não deixa passar uma fixou a verdade: O inimigo escondido num camuflado de rede, embora alguns elementos andem ali pelo meio de outros combatentes de respeito. Tudo inimigos e prontos.
A verdade deve ser dita. O Presidente apontou que o caminho era aquele. Só que não definiu se era um Restaurante ou a Praça do Peixe. E os almirantes andaram ali a navegar sem continuarem a ver o inimigo.
Como bons almirantes e na falta de submarinos, pelo sim pelo não e já sem saberem para onde arrastar as tropas bandalhas, investigaram um local óptimo, segundo eles, para o Zé Catió e o Romualdo armadilharem com anzóis.
A coisa estava a dar para o torto. No tipo não acta nem desata. Que se lixe a ortografia. Desde que o El Matador da Guiné Equatorial, que só sabe dizer oui e salero, entrou nesta coisa das letras e da língua portuguesa apadrinhado por angolanos e brasileiros, já nada interessa a este redactor de atas.
Mas adiante.
O calor aperta e a barriga não sabe se dilata ou também aperta. Melhor é fingir que o inimigo vem do ar.
Mas por onde anda o Presidente ? Desde a última loirinha, há meia hora atrás que nunca mais o vi. Ah, mas ouvia sim, como uma voz que vinha do céu: Ataquemos pelos flancos e deixemos em paz por umas horas a Operação Enguias, carago. (Ele não disse carago, mas a bem do acordo ortográfico não se deve referir o nome do cesto da gávea, até porque os almirantes estavam a jogar fora do seu terreno).
E porque as enguias desapareceram, segundo o terceiro-contra-almirante, promovido à pressão como secretário-geral-oficial, e porque o leitão e/ou as chanfanas também desapareceram, vão mesmo umas sardinhas, uns chocos e um cabrito estufado, o qual já deveria ter sido noutra encarnação leitão-borrego-se não mesmo uma achingã- conforme lembrou e bem o dito contra-a Peixoto.
Mas foi só a dar graxa, porque entretanto chegaram os maquisardes-mergulhadores de anzóis Zé Catió e compadre Romualdo.
Farto de aturar tanta desordem, sem rumo nem comando (Presidente, faxavôr, nunca mais delegue no almirantado as suas funções) o secretário-general ausentou-se do desconforto da sala de reuniões, para numa sombrinha tomar apontamentos para crónica futura.
Aí a Divina de Baião em território transmontano (alô Silva, ainda não me esqueci que um dia ainda iremos visitar a Casa do Eça e comer um almoço Divino, Queiroziano. Queira o Bando ou não) ajudou a retemperar energias. Já o Café, de uma marca ilegível, sabia pior que lodo da Ria. Atenção a esse "pequeno" pormenor, Casa de Produtos de Trás-os-Montes.
Logo o pessoal, sentindo a falta do secretário-general, veio em galope mas não nos submarinos.
A coisa foi melhorando...
...embora o Romualdo não estivesse muito pelos ajustes. É que para armadilhar rios com anzóis deve-se possuir sempre todos os sentidos apurados.
Finalmente o Presidente entrou no seu campo de batalha preferido.
Missão cumprida para o Zé Catió e o seu compadre Romualdo. Largaram para nova missão que ficava a 168 quilómetros de distância, para norte. Esperamos que tenham tido boa sorte rapazes.
A operação entrou na fase de deixa p'ra lá e logo se verá.
Neste momento o Súcio passou a ser o Rei da Festa. Muita concorrência para apanhar a melhor pose do novo Presidente-Secretário-Tesoureiro das Festa lá da Terra.
Acabada a brincadeira, deu-se um pouco às canetas para ver outras montras.
A da Pastelaria do Rossio estava linda e logo aprontamos que era melhor parar para retemperar forças.
Os almirantes lembraram-se que era melhor fazer uma pesquisa pelos canais aveirenses antes de prosseguir a Operação.
A operadora do moliceiro antes de o alugar foi verificar se tudo estava em ordem. Sem contra-partidas pelo nosso pagamento em leasing.
Despedidas com choros por causa de operação de riscos mínimos.
Tomamos os que partiram lugares a bordo.
Uma investigação em grande que ainda vai dar que falar.
blablabla
blablabla
blablabla
A chegada. Tudo em beleza. O almirante Quintino prepara-se para ajudar à Riassagem 
Em terra, parece que a coisa não estava tão boa assim.
Um piranha já toda desengonçada preparava-se para piranhar o Bando na pessoa do seu secretário-general, o gato. Mas estava fora do prazo e não convenceu. Desconfiámos que era uma enemiga.
Preparando o retorno à Operação.
Uma folga para ver o Súcio ajudar a vender umas pinturas pelas quais uns franceses ou belgas se mostraram entusiasmados. E compraram e ficaram bem servidos.
Finalmente à procura do inimigo. Tantas andanças e o Presidente levou-nos ao Ferro.
O Peixoto escolheu um Transmontano Moncorvense, mas para não haver dúvidas sobre uma possível desgraça, alguém tem de ter a coragem, mesmo que não perceba nada de minas e armadilhas de correr o risco.
No exterior o sol pôs-se a andar para trás das salinas e à luz das velas lembrámo-nos do risco que o Zé e o Romualdo andavam a correr com as armadilhas lá para o Douro.
Os inimigos existem para se dar cabo deles. Bianda com Marisco, dizem eles. Fraquinho, mas saboroso mais ou menos e para dois aviou quatro.
Berbigão razoável para abater num molho saboroso de alho.
Finalmente o inimigo principal, a razão da nossa operação: 
Enguias em Caldeirada.
O Tinto foi-se, o branco idem. 
Já não havia rolo para registar a pancadaria no Molotov. 
Mas ainda deu para mostrar à posteridade mais uma boa acção do Bando. 
Esperando o transporte. Missão cumprida

O repouso dos guerreiros.
Adeus, até ao nosso regresso para nova operação.