sexta-feira, 9 de agosto de 2013

P.118 - Operação Almoço no Pocinho (2) edição rasca

Os Bandalhos em acção
A pedido de várias "famílias", imposição de pelo menos um, o Secretário-General Sargento Portojo, apresento em fotos a minha versão resumida dos acontecimentos, sem legendas que é bastante mais fácil... para mim pelo menos.


Tudo começou dias antes com a marcação e convocatória feita pelo Portojo, a quem se deve o empenho da coisa, para o dia 30 de Julho, que logo ficou registada na minha tosca agenda, conforme se pode comprovar e ver com o olhar da vista.      



Na véspera, à que comprar os papelinhos que davam direito à passeata, o problema foi no dia seguinte quando se chegou à conclusão que para a mesma viagem havia três preços, os privilegiados, os assim assim e os pagantes do prejuízo. O registo do Zé Ferreira para elaborar o protesto e a verificação da autoridade aposentada, Zé Casimiro.
Foto para aqui, foto para acolá, a coisa lá ia rolando...






Explicação do técnico Portojo... ...concentração do Quelhas com a explicação, costas do Quintino.

...e já se dançava sentado, com o Cibrão a arreganhar a taxa .
A coroa, agora a€roa, do Quintino e a sua machine dos retratos que a gente nunca chega a ver.
 Olha o passarinho, ou ainda ficas aí sozinho! O visado era eu a fazer o mesmo que eles.

O Douro e a paisagem vistos pelos vidros sujos.
Faltam administradores na CP para fazer a limpeza.
 Os "manos" Casimiro e Eduardo muito sossegados, aliás foi assim todo o dia!
...e mais uma do Súcio, com o Portojo a :    -"Tou-ta ver..."  
...com o "eu" a fazer o mesmo.
Era sempre assim, tu cá, tu lá... eram tantas as mánicas que aquilo inté parecia a loja dos cheneses!
Uma pequena amostra da linha do caminho de ferro.
As datas estão erradas...
Foi na troca do cartão, ainda tentei meter rolo, mas esta máquina é ultra-moderna e não aceita rolos, não é como a do Súcio, com as datas erradas.
Os miúdos vão sempre sossegados...Esta moleirinha é do Zé de Catió.
Mais uma data errada, a mánica está a aprender com a do Fernando.
Este agente reformado, (ou será aposentado?), ainda não perdeu a mania de estar no meio da estrada, vícios que nunca se esquece.
Para ali ou para ali... tanto faz!
Barriguinha pensadora!...
Olha as distâncias, ó militar?
O fotografo oficial, apanhado!
Ou no meio da estrada ou no meio da escada, está sempre atento à circulação!
 Óóóóóó...
 A ver os comboios... parados na estação, esperando a segunda e derradeira etapa...

...e o planeamento da estratégia a seguir!

Foi sempre assim, quando não estava no meio da estrada, no meio das escadas, estava no meio da coxia.
 Os amados cunhados... sempre sossegados?

O comboio em movimento...




Enganei-vos, afinal pus algumas legendas.

Fim da linha... Até à próxima.
Um abraço aBandalhado
cumprim/jteix

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

P.117 - Operação Almoço no Pocinho

Na última reunião do Bando levada a efeito no dia 10, foi proposto e registado em acta uma operação ao Pocinho. A confirmação deu-se na Sardinhada da Tabanca dos Melros a 13.

Então houve que começar a trabalhar na logística. Falando francamente, já tinha sido começado o trabalho, pois no dia 8 (se a memória não falta) seguiu um primeiro email para a dona das Gravuras que Não Sabem Nadar ( Câmara Municipal de Foz Côa ) que por ser lá nos confins do Mundo, não deve ter chegado. Escreveu-se nesse email o interesse duma rapaziada em ir atacar o Pocinho, fazendo-se transportar no comboio da linha do Douro antes que acabe. Pediram-se as informações de um ou outro aboletamento - restaurante -  que por lá existisse e matasse a fome às tropas. Também informações sobre pontos possíveis de ataque a pé - a parte turística de que os Bandalhos tanto gostam.
Reconfirmou-se o email com um novo email 8 dias depois, acreditando-se piamente que tivessem muito trabalho por não terem respondido.
Finalmente chegou-nos a simpática resposta do comando da Zona:

de: paulalourenco@cm-fozcoa.pt
para: portojo@gmail.com
data: 25 de Julho de 2013 às 16:45 assunto: enviado por: cm-fozcoa.pt
: É importante principalmente devido às pessoas presentes na conversa.
Ex.mo Sr.
Vimos por este meio solicitar que nos seja enviado o seu contacto telefónico.
Com os melhores cumprimentos,
Paula Lourenço

Chegadas a S. Bento
Definido o ataque para o dia 30, trabalhou-se afincadamente: Transporte das tropas pela CP -ou será Refer ? - reservando-se uma carrugem no comboio Porto-S.Bento/Pocinho. (não foi bem assim, mas faz de conta). Encontramos casualmente uma pista na net, onde um bloguer fazia a sua apreciação simpática para o aboletamento. O Restaurante Miradouro. Apanhado o número telefónico, marca-se o almoço para 6, reconfirma-se para 8. No fundo chegaram-se 11 comilões. Adiante.
Abdicamos de comprar os Bilhetes em S. Bento porque é muito complicado. Preferimos Campanhã. Guichés fechados, outro a abrir mas a empregada foge, bichas razoavelmente extensas, mas lá entramos na de Comboios Regionais e Inter Regionais, depois de na dos Urbanos o simpático funcionário dizer que vai abrir. Ou é ao lado, já não lembro bem.
A recepção foi feita pelo Presidente
O importante foi que antes das nove estava toda a tropa menos um organizada em S. Bento. O Quintino telefonou a dizer que entrava em Campanhã mas depois de muitas peripécias de entradas e saídas do comboio, telefonemas e afins, só nos encontrou em Penafiel, se é que a memória está actualizada. E foi o Presidente Bandalho que o descobriu tipo fugitivo do pica.
Ah, ao Fernando Súcio só daríamos o abraço na Régua, como estava devidamente programado. 
A acomodação do pessoal.
Onde outros estavam de serviço à carruagem. 
 Serviço perfeito e honra seja feita à CP. 
Na porta foi colocado o aviso de
Reservado para efeitos operacionais.
O Zé de Catió tratou dessa parte da logística. Embora a malta não tivesse concordado, pois iam entrando na composição umas chavalas que dariam um certo ar de encanto durante a viagem.
O comboio partiu rigorosamente às 9h20m e logo começam os disparos - fotográficos - após a passagem dos túneis. Uma vista de Gaia junto à Ponte do Infante, saindo do Túnel das Fontaínhas.
Em Contumil deu-se fé que a vida ía ser difícil. As tropas teriam dificuldade em ver o exterior. Alguém se esqueceu de lavar a janela. Temos de reclamar à ministra (ou será ministro ?) do Ambiente. E ao dos Transportes. E ao da Tropa, mas esse deve saber menos destas coisas logísticas do que o simples básico. As operações especiais Bandalhas não mereciam essa sujidade.
Mudando-se de janela, a não limpeza mantém-se 
Esta imagem importante para os arquivos, não merecia aparecer defeituosa. Mas paciência. Deve ser por não existir o cargo de director das limpezas que a sujidade é grande. E já agora, acrescente-se que os papelinhos colados nos encostos de cabeça dos sofás não devem ser mudados já há algumas viagens.

 A tropa bandalha segue serena, confiante nas chefias.

Aproveitam-se as folgas para ficar em dia com os relatórios.
Do dia anterior.   
Na Régua lá estava o Fernando. Deu-nos as boas-vindas ao mesmo tempo que mudamos de comboio. Bom, não foi bem assim, apenas mudamos de carruagem. O serviço da CP poderia informar os respeitáveis utentes Bandalhos e outros que as carruagens que seguiriam até ao Pocinho eram as da frente.  
De qualquer maneira, aproveitamos o intervalo para o xixi da ordem nos contentores-lavabos da Régua.
A vida já não era a mesma numa carruagem super lotada. Entre o lugar de uns e outros para descansar, uns saltinhos até à porta onde estávamos mais à vontade. O Fernando fazendo uso do seu novo brinquedo.
Entre a Régua e o Pocinho, as paragens fazem-se em todas as estações e apeadeiros que são 9. Nalguns casos, são paragens de segundos. 
Numa delas, o Presidente Bandalho fez questão de dar a pose para se ver como é difícil um passageiro com dificuldades, saltar do degrau da carruagem para a gare. Embora exista abaixo da plataforma um outro degrau, se utilizarmos este a coisa complica porque só cabe o calcanhar.
Os construtores das carruagens não consideraram esse insignificante pormenor da distância degrau-gare. Não saberiam que Portugal (e Espanha) usam uma bitola diferente da Europeia ? Ou uma coisa não terá a ver com a outra ?
Se alguém nos souber explicar, a Tropa Bandalha agradece.

Entretanto outros registos foram sendo feitos, mesmo com a sujidade dos vidros. Embora os passeantes dos barquitos estivessem a gozar de uma magnífico sol quente de escaldar e de paisagens soberbas, não deveriam estar tão felizes quanto nós. 
Hoje, Tua é famosa e famoso em Portugal. A localidade que creio chamar-se Foz-Tua é uma aldeia e o seu Rio que desagua no Douro por baixo de nós, vai ter a sua barragem. Muito contestada até pela Unesco pois o Património da Humanidade do Douro poderá ter consequências. 
Mas arquitectónicamente, estilisticamente e outros mentes, segundo parece, os seus muros serão camuflados para que se confundam com o ambiente que os rodeia. Tratará disso o famoso General-Arquitecto Souto Moura. Mas será que aceitou ? 
Em algumas estações encontram-se restos de antigas carruagens, máquinas e acessórios ferroviários. Se não são aproveitáveis, poderiam retirá-las do meio do caminho e mandá-las para a sucata. Pelo menos o olho do turista não via. Mas que diabo, não era possível dar um aspecto de museu com alguma elegância ? Fazer a tal camuflagem-ambiente ? E como são tantas ao longo dos trilhos-estações.
Quando souberam do nosso projecto Operação Almoço no Pocinho, alguns amigos falaram-me e escreveram a recomendar o Calça-Curto. Para vos localizar, caros amigos, o Calça-Curta é no Tua e não na sede da Operação, no Pocinho. Deve estar a mais de 35 km de distância.   
Última paragem em Freixo de Numão. Parece que é uma terra atacada por uma virus. Deserta, a ver cair o que lhe resta da história. Imagino a alegria daquele Manuel a ver passar uma composição cheiinha de colonizadores. 
Chegada ao Pocinho e olhos postos no primeiro local de ataque. Uma simples porta à texas separava-nos de um interior limpíssimo. Com papeis e tudo.
Para além da tropa, seguiram gentes que não têm -tiveram- nada a ver connosco. Muitos adultos e muitas crianças. À sua espera tinham meios de transporte. Presumimos que não foram ver as Gravuras que Não Sabem Nadar, pois a essas só podem ir meia dúzia por dia. E parece que custa um balúrdio de massa.  
O comboio chegou rigorosamente à hora. Mas deve ser mistério o relógio da Estação não estar certo.
Depois de muita dedução, chegamos a duas conclusões. Ou era para boicotar o Bando ou está regulado pelo lindo relógio que se encontra no interior da Estação. Que deve ter sido utilizado na abertura da Estação do Pocinho em 10 de Janeiro de 1887.
Fácil foi encontrar o aboletamento do Miradouro. Embora as tropas surgissem em número mais elevado, a D. Albertina não se fez rogada em abrir a cozinha se fosse preciso mais rancho.
Depois de umas simples entradas de presunto e melão, chegou o principal. Melhor dizendo, os principais: Feijoada à Transmontana ou à Beirã, tanto faz, a que faltou um pouco de picante para estar excelentemente óptima, ao gosto de alguns combatentes. E um cordeiro assado que na opinião do escrivão-mor faltava algo. Um pouco mais de forno, talvez um pouco de sal, um toque da vinha-de-alho e picante. 
As batatas de aspecto óptimo, tinham o senão de também estarem um pouco cruas.
Mas como se sabe, o escrivão não pode ser levado à séria. 
Sobremesas de fruta - salada, boa - e melão fresco e saboroso; doces da casa semi-gelado, uma mistura linda a que não tive acesso paladaristicamente falando. E outros. Cafés, bagaços, vinhos, cervejas, por bandalho menos de 14 €
O Presidente e Cmdt em chefe atacando por todos os lados.
O registo histórico do local de combate após a retirada. 
 Barriga cheia não é comedeira. 
Para a História fica o registo feito pela D. Albertina
Organizou-se após o assalto uma inspecção para escrever o relatório final. E aproveitar para mexer as perninhas. A temperatura não era coisa de matar, os Bandalhos não esqueceram coisas antigas, a que se tiveram de habituar. 
Este Marco mostra-nos a quilometragem desde Ermezinde, pois era aí que se iniciava, segundo os livros, a Linha do Douro. Com cerca de 200 km, concretamente 199,5 km, ía até Barca Dalva, mas deixou de ir desde 18 de Outubro de 1988.
A voltinha de inspecção levou-nos até à Ponte da Barragem, ali a 20 minutos, nas calmas. O calor apertava, mas tudo bem. Foi só o tempo de fazer uns registos fotográficos e regressar.
Na placa onde está inscrito Pocinho, vê-se um desenho que parece uma Torre a cair e um daqueles sinais de vento, o saco cheio. Alguém sabe ilucidar este comando do que quer dizer ? Ao lado outra placa informativa do Parque Arqueológico Vale do Coa. O que é isso ? Onde se localiza ? Onde obter informações ? Para onde ir ? 
Adiante, não tínhamos em projecto fazer mais assaltos. Talvez por ignorância. Se não, quem sabe...
O regresso foi em peregrinação até às loirinhas. 
 Faltava este assinalando a possessão.
Entretanto, O Presidente como grande comandante, tomou um carro de assalto e pirou-se com uma grande lata. Deixou recado que nos esperava no aboletamento do ataque.
Repentinamente aparece-nos um inimigo. Mas chegamos à conclusão que não valia a pena capturá-lo. Embora transportando imensas loirinhas, estavam todas esquentadas. Mais uns passos e aí sim poderíamos saborear uma bem gelada no aboletamento.
Todos a postos para o regresso. 
Concentração no Bar da Estação do Pocinho.
O Ranger Carvalho conseguiu duas granadas especiais, que foram despoletadas durante a viagem de regresso. Guardou para recordação os invólucros. 
Hora de tomar conta da carruagem cedida pela CP. E não haveria mudança na Régua.
Após a partida, a fiscalização apenas para registos informáticos. De costas, o Presidente e Cmdt-em-chefe- controla. Como é fácil viver o mundo com um pouco de organização. E um chefe à altura.
O repouso dos guerreiros.
Na Régua, a despedida ao Fernando Súcio.
Uns para cá, outros para lá, era a hora de visitar o Bar da Estação da Régua. Controlados pelo assistente da CP que marcou rigorosamente a hora. Isso chama-se eficiência.  
Prontos para a partida. O Quelhas Neca achou que era melhor desentupir os canos. 
Todos acomodados e preparados para mais 2 horas de viagem. 
Rigorosamente à hora marcada, chegamos a Campanhã. E é a despedida. Cada um vai à vida, até nova operação.
Ficamos à espera de novos relatórios, devidamente documentados fotográficamente. 

O Bando e outros companheiros que se vão incorporando é um grupo de operações especiais que bebe copos, mas acima de tudo gosta de conviver e descobrir novas coisas neste nosso Portugal.
Somos uns bandalhos que conversam sobre quási tudo mas gostam de comentar o que vêm. E sentem.
Lamentamos a falta de apoio da Câmara Municipal de Foz Côa. Quem sabe que com um pequenino "toque", conquistássemos outros territórios. É muito bonito aparecer na TV a falar das gravuras rupestres - há milhares em Portugal, segundo dizem - do Museu (tem visitantes ?) e outras coisas desconhecidas. Se visitarem o seu site ficam como nós. Desconhecedores.
Segundo as informações que recolhemos na pouca gente que se vê - esparramada nas cadeiras dos cafés ali próximos à Estação - não há ligação entre comboios e Foz Coa. Mas nas Tv's pedem apoios e dinheiro. O nosso. Mas informação, organização, projecção turística, onde as hão ?
Criticamos porque a CP -ou Refer- não aproveitam pelo menos turisticamente esta linha. 
Nós, os que acreditamos em Portugal, pensamos que é possível. Mas com estes abrunhos que não se entendem, que guardam as coisas só para si, que de vez enquando resolvem convidar uns ilustres que levam as Tv's na sua companhia para tentar sacar mais uns €'s e dar visibilidade às suas conquistas pessoais, ficamos cabisbaixos e tristes, vendo uma região, no tal Portugal profundo que só aos mamões interessa guardando-o para seu deleite. 
Fica a referência à D. Albertina e ao seu Restaurante Miradouro. É só sair da Estação, voltar à esquerda e a cerca de 100 metros vão encontrá-lo. Numa espécie de cruzamento com semáforos, à direita. É de rir a utilização e interesse para o trânsito destes semáforos. 
O seu telefone é 279762702
Prontos. Foi mais um dia Bandalho, todo operativo.
Presentes: Manuel Cibrão, Fernando Súcio, Neca Quelhas, Carvalho Ranger, Edu, Zé Catió e Silva (?). Jorge Teixeira, Presidente Bandalho, Jorge Teixeira, Portojo, Jorge Peixoto e Quintino Monteiro.