Embora não artilheiro do PUMMM, como o Kim Mendes e o Pina, mas do mesmo período em Vendas Novas, e que vivemos na mesma unidade na Guiné alguns meses, passados mais de 44 anos, ainda me lembro (afinal estamos sempre a recordar) as terríveis onze semanas de verão alentejano passadas naquele quási campo de concentração, que era a Escola Prática de Artilharia.
Onde nada nos era permitido, mas tudo fazíamos para contrariar a "ordem estabelecida". Histórias inesquecíveis nos ficaram desse período da nossa vida. Quem não se lembra do saudoso Canhão a namorar à porta do "campo" e a Companhia à espera dele na parada. E que dizer do slogan 1 Litro de água aos 50 Km. E do "reabastecimento" que o bom Povo Alentejano nos proporcionava gratuìtamente, durante os intermináveis dias e fins de semana de campo. Dos desenfianços quando a Companhia estava presa ao fins de semana e a solidariedade funcionava, respondendo uns pelos outros nas diversas chamadas. Solidariedade também durante os crosses e marchas, quando as forças de um ou outro começavam a ir-se. O salto ao galho, interpretado pelo Oliveira de Vila Verde, com a colaboração e corrupção dos "detidos" que formaram um magnífico coro teatral com o Salta, Salta (a juventude de agora pensa que o Salta foi inventado por eles) para safar o David Santos do castigo. Claro que "comíamos de ginjeira" os já experientes alferes que estavam de oficial de dia. Afinal éramos muito rústicos e eles uns meninos da mamã.
Mas recordo ainda hoje as palavras do Capitão Branco, que com emoção nos disse, à despedida do curso, para não nos deixarmos abandalhar. A vida ía ser dura. A Psico funcionou.
Muitos de nós fomos colocados em Paramos no Gaca 3 para dar recrutas. Que bela vida passamos lá. Embora o ordenado mensal de 90 escudos nem desse para o Tabaco. Mas a amizade criada em Vendas Novas foi muito forte e até hoje dura.
Na foto, tirada na messe do GACA, um camarada e grande amigo que já não está entre nós. O David Santos. Morreu passado pouco tempo depois do nosso regresso da Guiné. É ele o chefe de mesa.
Recebemos, fez ou faz agora por estes dias anos, a notícia da mobilização. Fomos os primeiros do nosso curso, juntamente com o Oliveira e o Alcochete.
Eu lembro que no dia 8 já tinha saído à ordem a mobilização, mas nem tive coragem para dizer em casa.
Faz também 44 anos que fizemos um Jantar no Chez Lapin, a nossa despedida. E porque era Natal, juntaram-se os dois eventos.
Fez também ontem, Dia da Artilharia, 42 anos que regressei a Catió depois de umas férias no Hospital de Bissau.
Tudo isto só porque ontem foi o Dia da Artilharia e eu estar chateado que nem um peru na véspera de Natal dos sem crise. E nem sou Artilheiro do Pummm.
Onde nada nos era permitido, mas tudo fazíamos para contrariar a "ordem estabelecida". Histórias inesquecíveis nos ficaram desse período da nossa vida. Quem não se lembra do saudoso Canhão a namorar à porta do "campo" e a Companhia à espera dele na parada. E que dizer do slogan 1 Litro de água aos 50 Km. E do "reabastecimento" que o bom Povo Alentejano nos proporcionava gratuìtamente, durante os intermináveis dias e fins de semana de campo. Dos desenfianços quando a Companhia estava presa ao fins de semana e a solidariedade funcionava, respondendo uns pelos outros nas diversas chamadas. Solidariedade também durante os crosses e marchas, quando as forças de um ou outro começavam a ir-se. O salto ao galho, interpretado pelo Oliveira de Vila Verde, com a colaboração e corrupção dos "detidos" que formaram um magnífico coro teatral com o Salta, Salta (a juventude de agora pensa que o Salta foi inventado por eles) para safar o David Santos do castigo. Claro que "comíamos de ginjeira" os já experientes alferes que estavam de oficial de dia. Afinal éramos muito rústicos e eles uns meninos da mamã.
Mas recordo ainda hoje as palavras do Capitão Branco, que com emoção nos disse, à despedida do curso, para não nos deixarmos abandalhar. A vida ía ser dura. A Psico funcionou.
Muitos de nós fomos colocados em Paramos no Gaca 3 para dar recrutas. Que bela vida passamos lá. Embora o ordenado mensal de 90 escudos nem desse para o Tabaco. Mas a amizade criada em Vendas Novas foi muito forte e até hoje dura.
Na foto, tirada na messe do GACA, um camarada e grande amigo que já não está entre nós. O David Santos. Morreu passado pouco tempo depois do nosso regresso da Guiné. É ele o chefe de mesa.
Recebemos, fez ou faz agora por estes dias anos, a notícia da mobilização. Fomos os primeiros do nosso curso, juntamente com o Oliveira e o Alcochete.
Eu lembro que no dia 8 já tinha saído à ordem a mobilização, mas nem tive coragem para dizer em casa.
Faz também 44 anos que fizemos um Jantar no Chez Lapin, a nossa despedida. E porque era Natal, juntaram-se os dois eventos.
Fez também ontem, Dia da Artilharia, 42 anos que regressei a Catió depois de umas férias no Hospital de Bissau.
Tudo isto só porque ontem foi o Dia da Artilharia e eu estar chateado que nem um peru na véspera de Natal dos sem crise. E nem sou Artilheiro do Pummm.