quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

P.158 - Reunião Geral Ordinária no Ataque ao Leitão das Devesas

Preparada com a antecedência que os estatutos obrigam, a primeira parte da reunião mensal das segundas quartas feiras de cada mês levou-nos desta vez até às Devesas no dia 11.2.2015.
Duas concentrações tinham sido programadas para as Estações de S. Bento e Devesas, onde o corpo expedicionário se viria a reunir.
Horários rigorosamente controlados, mas com tempo suficiente para um olhar pelos azulejos de S. Bento, onde o Prof. Joel Cleto gravava mais uma emissão da História para o Porto Canal.
As tropas foram chegando, aproveitando-se para desenferrujar as armas.
Chegada à hora preparou-se o embarque.
Últimas imagens antes do embarque
O pessoal embarcado. Não seria melhor escrever comboiado ? Para o caso não interessa nada.
Chegada às Devesas onde o segundo grupo já estava concentrado.
A reunião dos grupos
Horário perfeitamente controlado
Saída da Estação e foi só atravessar a Rua para entrar na sede provisória.
O pessoal concentra-se para a primeira reunião do dia.
As azeitonas, as loirinhas, o tinto, o branco e a água do Súcio já estavam à disposição.
Um ex-camarada encontrava-se na sala e foi cumprimentar o amigo Cibrão
O Leitão, motivo principal da primeira reunião, entrou em cena.
 O Presidente abusou da decoração e do material.. Mas We Love You, President
No meio de tão animada reunião, o Cancela fez um declaração de protesto que ficou registada em Acta. (Ou será Ata ?).
Para o caso não interessa nada e o que interessa é que o Presidente declarou e muito bem declarado que a próxima reunião e cumprindo a tradição, será no Vigário da Aboínha e tem como tema O Ataque ao Sável do Douro.
Sairá em momento oportuno o comunicado Presidencial.
Quanto aos Privilégios do Presidente terem de acabar, isso ós pois bê-se.
Hora de rumar à Sede no Café Progresso, mas havia ainda muito que organizar
O General -Mor-Adjunto Jorge Peixoto, elevado à categoria de Tesoureiro Presidencial, não acta nem desata com as contas.
A recordação dos Compadres de Penafiel, Cancela e Peixoto.
A linda moreninha (Carolina, Catarina, Cristina, Cassilda ? - esqueci o nome) deixou-se fotografar excepcionalmente só com alguns felizardos. Ficou muito zangada com o Secretário General (eu mesmo claro), por só querer e pedir loirinhas. Não é assunto para a Acta (Ata ?).
O General-Mor Peixoto continuou longo tempo a contas com a conta
 Foram precisas ajudas até que tudo se resolvesse.
Quem 150 divide por 15 dá 11 a cada presente
 Enquanto se processavam as despedidas, o General -Mor-Tesoureiro apanhava as migalhas que o Zé Ferreira Catió deixou cair.
Finalmente o Presidente conseguiu arrumar as contas.
Fora da acta, um agradecimento especial ao Campos pela bomba entregue ao Secretário General. Esta não tem rolhas de cortiça a desfazer-se como a que brindou ao dito, provávelmente com a intenção negra de o intoxicar para topar um lugar de grande lucros e muitas responsabilidades.
Finalmente o recolher...
... não sem antes se fazerem as recordações da praxe.



Um fugitivo a tomar ares puros. Houve maldosos que desejaram que houvessem por ali Gaivotas, mas Pombos já serviam ou no mínimo uns pardalitos...
Depois das despedidas, o Grupo do Norte retorna.

Um poste é bem vindo em determinadas circunstâncias.
De regresso no Super Regional de Ovar, enquanto alguns ensaiam a dança do varão...
...outros apreciam a paisagem.
Em Campanhã lá vai o Campos, em S. Bento foi o Cancela e o Peixoto Joaquim. E o Súcio.
O Bando precipitou-se para a sede para acabar a Acta (ou será Ata ? nunca mais corrigem o Secretário). Para acabar também com a sede do mesmo, enquanto o restante maralhal se aquecia com o famoso Café de Saco do Progresso.
O Admor chegou cedo à Sede mas não a tempo de marcar as mesas habituais. Por isso estava muito tristinho. E o Presidente ficou super zangado porque lhe faz falta a cabeceira.
Prontos. É o final. Registe-se os Presentes que um dia irão assinar a ata (Acta): Jorge Teixeira, Jorge Peixoto, Jorge Teixeira, Quintino Monteiro, Manuel Cibrão, José Freire, António Tavares, Adriano Moreira, José Ferreira Catió, Francisco Silva Afurada, João Encarnação, José Cancela, Joaquim Peixoto, Fernando Súcio, Eduardo Campos, Alberto Soares.
E já sabem, sábado Há Melros no Choupal.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

P.157 - O Bando em Terras do Barroso - 20-01-2015 ......... nas Festas de S. Sebastião

Editorial
Porque o sítio do Bando é aqui e porque também merecemos e esteve em causa a Bandalheira, "roubei" do blogue "A Vida em Fotos", sem a devida autorização do dono, o nosso Secretário General Portojo e também "redactor chefe" do nosso blogue, "saquei" este post que espero ele não se importe, mas se se importar... olhe!... import/export. Com a autoridade que me é devida, autorizada por mim mesmo, determino e mando... já publiquei!
A Bem da Bandalheira
cumprim/jteix

Quatro dos oito a caminho!... dum dia bem passado.
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208 - O Couto de Dornelas e a Festa de S. Sebastião

O meu amigo e ex-camarada desde os tempos de Vendas Novas e já lá vão mais de 47 anos, o Barreto Pires, fez um convite ao Bando do Café Progresso - os amigos e ex-camaradas sabem a quem me refiro - na pessoa do Presidente Jorge Teixeira (Jotex para os amigos ) para uma visita à sua terra por altura das Festas de S. Sebastião.



Dornelas fica nas terras de Barroso, freguesia do Concelho de Boticas em Trás-os Montes.
Convite aceite e a rapaziada meteu carros e camionetas ao caminho. Uma grande parte do percurso desde a minha-nossa Cidade do Porto - e há duas alternativas - é feita por auto estradas e depois por estradas nacionais de muito boa qualidade.


O nevoeiro e a neve são presenças nesta altura do ano. E se nuvens escuras são sinónimo de frio, não assustam viandantes experimentados, tenham ou não assumido temperaturas de 40 e mais graus nos velhos tempos.

Vamo-nos aproximando do destino, Barroso cá estamos nós, mas ainda há tempo para umas fotos paisagisticas


Chegados e bem dispostos, (já tínhamos feito o mata-bicho na casa nova do Pires) vamos então conhecer Dornelas e a história da Festa de São Sebastião. Na foto, o Cruzeiro.


O Povo local gosta que lhe chamem Couto de Dornelas, criado em 1127 pelo nobre Ay Ayres que raptou da corte de D. Afonso Henriques (o nosso primeiro) uma dama e com ela veio viver para estas terras que, segundo a história era despovoada. Construiu residência e capela.


Torre posterior e Igreja matriz onde se realizou a Missa em honra de S. Sebastião
Foram chegando forasteiros para a povoar e logo que se acoutassem à capela não poderiam ser presos nem punidos pela justiça do rei. Começaram a cultivar os terrenos para o senhor.



 Pelourinho. Ao fundo a serra do Barroso e a neve.
Vamos descobrir a Festa de S. Sebastião presa a duas lendas.
Uma antiga de há muito, muitos anos... houve na região um ano de muita fome e peste. O Povo pediu a S. Sebastião que os protegesse. Em troca prometeram realizar  uma Festa onde não faltasse carne e pão a quem a ela comparecesse.


A Torre vista de trás e o Povo esperando à porta da Igreja o final da missa




A mesa do Santo que se estende pela Rua principal
Os anos passaram e o povo foi ficando esquecido do seu Santo e da Festa, mesmo que tenham havido anos de doença e fome. Até que chegaram as invasões napoleónicas, mais concretamente a segunda de 1809 com a sua fama de pilhagens, violações e mortes.
O povo voltou a acolher-se sob a protecção do Santo: Se os invasores não entrarem no Couto faremos todos os anos no dia 20 de Janeiro uma festa em tua honra onde não faltará comida a toda a gente que a ela vier...


 A mesa entendendo-se ao longo da rua principal.
Continuando a história da lenda, caiu um nevão tão grande que não permitiu aos invasores franceses descer ao Couto.
Diz o meu amigo Barreto Pires que os invasores transitavam em direcção ao Porto pela estrada romana Chaves-Braga que passa pela serra do Barroso e aqui bem perto.


 A carne era e ainda é cozinhada nos potes de ferro, na casa do Santo à volta de uma grande lareira.


Porque não consegui melhores fotos, recorri ao meu amigo Fernando Súcio.


O Povo cozinhando para o Povo


A bênção da comida 


Saída para a procissão 


O Santo saindo da sua casa


Espigueiro onde se guardam ou guardavam os cereais. Existem alguns ainda. 


Aguardando a distribuição da comida, o Povo faz a festa. 


Vem gente de muitas localidades para a Festa. A tradição ainda é o que era.



Vão-se comendo os merendeiros trazidos de casa enquanto se aguarda pela comida benzida.

Festa é Festa e há muita animação mesmo com imenso frio. 


Velho moinho de água. Um casal sénior aproveita para merendar. 
Nestes moinhos moíam-se os cereais para fazer o pão.


Uma parte do percurso onde a mesa está instalada. Digo eu que não medi que tem 500 metros. Há quem diga que são 1000 metros. Percorrêmo-la toda mas nem dei fé da sua extensão.
Não assistimos à distribuição da comida, iría demorar muito. Seguimos para a casa velha do Barreto Pires no lugar de Gestosa, que pertence à freguesia e onde fomos presenteados com uma bela refeição.



Começando por aperitivar com verdadeiros Rojões como são servidos na região, rojidos na sua banha,  juntamente com o pão tradicional.

Contou o meu amigo Barreto Pires que no tempo dele, da tradição fazia parte o doar das carnes, que eram de Porco como ainda hoje é. Quem oferecia o Peito, o Cachaço, a Barriga, enfim, cada parte do bicho, essa parte é a que vinha para a sua mesa onde partilhava com os seus convidados e amigos no dia da Festa.


Fazendo jus à tradição da Festa fomos presenteados com o melhor e mais completo cozido trasmontano que já apreciei.


Carnes e enchidos da região, criados e fabricados em "casa". Incluiu carne de boi barrosã e frango da "casa" .


Legumes da terra, mais o feijão vermelho, arroz e hortaliças. O vinho não era o dos mortos, porque essa tradição acabou.


No final do repasto, as senhoras que trabalharam - a esposa e a cunhada do Pires, ofereceram o pão que havíamos de trazer para a viagem. 


A partilha do pão pelo Barreto Pires e pela esposa D. Maria da Luz.

Assim é a tradição das gentes transmontanas, gente que muito considero desde há anos. Já não me admiro pela seu lhano e gentileza pois habituaram-me a elas.
Um abraço fraterno ao meu amigo que para além do mais me fez conhecer mais um pouco desta região e das suas tradições.

Acabou... quem gostou, gostou, quem não gostou... gostasse!...
j.teix