quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

180 . Mensagem

Dos confins canadianos, o Luís Guerreiro mandou via telefone para a secretaria do Bando a seguinte mensagem:
Por causa da maldita preguiça, da caça ao Veado e como pelo telefone fica mais barato do que enviar uma mensagem - caríssima na realidade - quero desejar à rapaziada um Bom Ano.
Espero que o Bioxene já esteja melhorzinho do cabeço agora que já deixou os 69 pelo caminho. E que o Presidente continue o diete regime pois está muito elegante.
No próximo ano deverei estar aí em Maio.
Continuo a seguir-vos, mas sabes como é. 
Até lá um abraço ao Bando.
Nota do Secretariado Bandalho:
Esperemos que o dia da sua passagem pelo Porto e pelo Bando não se repita como a última.



sábado, 26 de dezembro de 2015

179 - Mensagem

“Num te mexas beilho, não. Nem gozes a bida, não. Bais ber o que perdeste, Ou merda que fizeste. Já foste, grande Morcão.” (autor desconhecido)


Em jeito de testemunho

No final do ano, cada individuo deveria fazer uma rectrospectiva do mesmo e destacar quais os melhores dias que passou. Pelo que tenho observado, poucas são as pessoas que ultrapassam o registo do número dos dedos de uma mão. Felizmente que nem eu nem os meus principais amigos pertencemos a essa multidão de morcões que espera pacientemente pela sua “boa horinha do Senhor”.
Ora aqui está uma boa razão para manifestar a minha satisfação por ter vivido mais um ano de alegrias e de bons convívios. 
Dentre eles, terei que destacar as oportunidades bem vividas junto do nosso Bando. Saboreamos a boa amizade e a boa gastronomia, cultivamos os conhecimentos e promovemos o bom viver. Visitámos os lugares mais lindos, os mais históricos e os mais sagrados. Apreendemos o nosso Património, revivemos as nossas raízes e recordamos as nossas tradições.
Com o Bando, tanto olhámos deslumbrados o nosso Douro como convivemos nas fraldas do Barroso, nas encostas do Alvão e do Marão, nas vinhas de Penafiel, nas escarpas da Senhora do Salto e da Serra do Pilar, nos jardins do Bom Jesus de Braga ou no “presépio” de Crestuma. Com o Bando, fomos ao Museu do Douro, Museu dos Clérigos, Museu Vivo dos Combatentes e Museu do FPC. (Futebol Clube do Porto)
Com o Bando, relembrando os nossos camaradas, fomos ainda ao RAP 2, ao Dia do Combatente de Gondomar, ao 10 de Junho de Crestuma. Assistimos ao reconhecimento tardio na imposição de condecorações de "Bons Serviços prestados à Pátria",
Com o Bando, percorremos os lugares mais típicos e mais simbólicos da nossa mui digna Cidade Invicta do Porto, Património da Humanidade. Aqui, cabe referir que beneficiámos da companhia do Bandalho Jorge Portojo, mais que “Doutor” a falar sobre a História Tripeira. 
Percorremos a Ribeira, Bainharia, Sé, S.Bento, Fontaínhas, Batalha, Aliados, Bolhão, Campo 24 de Agosto, Antas, Caldeireiros, Massarelos, Alfândega, Infante, etc, etc, pontos de referência permanente e cheiinhos de Histórias e Tascas. E no que toca a nomes, ele discorre facilmente sobre as personagens mais sonantes do burgo portuense e arredores. Dá gosto ouvi-lo quando lembra as origens do Porto e de Portugal, os seus donos na Idade Média, o Infante D. Henrique, a fauna fluvial do Rio Douro, a Ferreirinha, as guerras, as revoluções, os Bispos, o Camilo, o Eça, o Alexandre Herculano etc etc.
Por fim, em jeito de Almoço de Natal, fomos contemplar o Porto, através da panorâmica disponível no Restaurante 17º, do Hotel D. Henrique.
Também com o Bando, saboreámos os melhores petiscos da região nortenha. Seria injusto se não lembrasse: - O Cozido Transmontano do Pires - O Sável do Vigário de Atães - Os Rojões do Pinto da Rua dos Polacos - As Tripas da Rosinha da Marroca - A Cabra Velha do Súcio - A Paella do Ricardo de Recarei - O Leitão da Casa do Casalinho de Crestuma - O Bacalhau da Churrasqueira das Antas - A Carne Estufada e o Bacalhau assado de Penafiel - O Magusto da Campeã - O Risoto do D. Henrique
Claro que tudo isto só se consegue graças a um excepcional núcleo de amigos ex-Combatentes que, por coincidência, já reuniam no Café Progresso. E foi das Caldas até à Guiné que começou esta Bandalheira. 
A eles se juntaram outros habilitados camaradas que, perante boas provas, foram sendo justo e agradavelmente admitidos.
Mas para chegar até aqui, o caminho fez-se caminhando por Vendas Novas, Espinho, Gaia, Santarém, Elvas, Chaves, Tavira, Lamego, Porto, Torres Novas, Santa Margarida, Açores, Viana, Tomar. Na Guiné nos perdemos e por causa dela nos achamos.

Um Bom Ano, camaradas.
Zé Ferreira


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

178 - Mensagens

Não estou neste momento no papel de Secretário General. Mas não é por não desactar uma acta que vou deixar de ser piegas. Está no meu direito sê-lo - piegas - porque gosto de recordar o que me é muito querido: Amigos e Amizade.
Estou feliz porque este Bando que começou pequenino há 7 anos a comemorar em Janeiro (espero uma reunião de arromba) com o lema "Das Caldas à Guiné", vem reunindo ex-camaradas de um período da nossa vida e não só fisicamente. Às segundas quartas-feiras de cada mês cá estamos e estaremos sempre que o Bando quiser.
Somos já bastantes os que nos encontramos por aqui neste mundo da Internet daquele período. E é com agrado que registamos a companhia de outros ex-camaradas que fizeram os mesmos percursos ou parecidos em datas diferentes e/ou coincidentes.
Recordar mais um ano de vida para mim é muito importante. E só é - foi - possível pela contribuição generosamente dada nas operações pelos diversos actores deste nosso pequeno mundo.
Sigo então com um pequeno resumo para recordar os nossos momentos.

Janeiro:
É verdade que fora dos nossas reuniões e/ou operações pré-datadas, outros se realizam para orientar a vida comunitária do Bando durante o ano. Neste caso servimo-nos dos Melros.

Operação Pontual. Com azimutes fornecidos pelo mano do Barreto Pires. A Primeira do Ano.
A Avenida dos Aliados foi o local da concentração.
Com Fanecas e Lombo de Porco, atestamos bem as baterias. No Pontual na Rua do Almada, entre a Candeia e a casa em que habitou o Camilo Castelo Branco, come-se bem a preços muito acessíveis.
Depois do almoço o caminho foi até ao Café Progresso, sede do Bando. Por acaso e só por acaso, encontramos o Casimiro e segundo as crónicas da época aproveitamos para lhe assaltar a garrafeira.
Foi um prazer entrar na Livraria Académica e cumprimentar o sr. Nuno Canavez.
O Bando também vive de arte e como ficava em caminho, não se perdeu uma visita à Casa dos Materiais, um autêntico Museu na Praça de Carlos Alberto. E ao Palacete Balsemão.

Não podíamos perder um simpático convite do Barreto Pires para visitar a sua terra, Dornelas, em pleno Barroso.
O pior foi depois...

Era o dia da Festa de S. Sebastião onde a população oferece de comer aos visitantes.
Barreto Pires, que não é de modas, amesentou-nos junto à lareira e...
... e pregou-nos com um Cozido de alta gourmeterie...
Produtos da terra e para recordação um pão dividido pela rapaziada. São assim os transmontanos.
Uma pena o nosso querido Presidente Teixeira estar meio doentinho...quase não provou a comidinha.

Fevereiro:
Operação Leitão
Satisfizemos o pedido há muito feito pelo responsável disto tudo: O Presidente JTeixei. - ou Jotex como é tratado com simpatia e amor para os lados de Castrumia, pois claro.
Demos um salto às Devezas-Gaia utilizando o comboio desde S. Bento.
A ementa era leitão que infelizmente se rendeu depressa. Estes camaradas lutam que se fartam. Mas que estava bom não há dúvidas.

Março
Operação Zé Ferreira Catió.
Primeiro uma visita ao antigo Quartel da Serra, o RAP2, de grandes memórias para muitos camaradas.
Depois, foi o ós despois, uma obra do Diabo.
Grande organizador operacional, o Zé Ferreira mandou-nos atacar a Casa Pinto na Rua dos Polacos.
Foi um nunca mais acabar de iguarias. Um luxo de operação e a afirmação do Zé no Bando.
Cá estamos todos para a abertura da Campanha Eleitoral
Lutas abertas em quem vai Presidir ao Bando, isto é, coordenar as operações. O Ganda Fozense Tavares registou o comportamento da assistência Bandalha.

Abril:
Operação Sável
Depois de muito baterem no desgraçado do Secretário General, lá se conseguiu realizar a operação.
Não tem nada que saber. Foi mais um ataque ao Vigário, que dizimado ano a ano se mantém sempre em pé

Maio:
Operação P'ra lá do Marão
Difícil como seria de esperar, teve preparativos atempados.
 Tivemos receio que o IN - que seria uma INa - conseguisse saber os nossos planos.
Nada como uma boa preparação na Catedral dos Cachorros, nos Poveiros.
A operação em si, dias depois, foi um sucesso. Ou não estivesse ao comando o Súcio da Campeã, mais um transmontano das nossas amizades e camaradagem.
Mesmo oferecendo alguma resistência inicial, a INa estava feita por estes operacionais habituados a levar tudo por diante que encontram pelo caminho.
A INa cabra velha não nos deu muito trabalho mesmo escondendo-se horas em quentes panelas de ferro.
Estávamos assim depois de tudo e mais alguma coisa.

Junho:
Operação Crestuma III
Um pedido de auxílio do Zé Ferreira, mobilizou-nos até Crestuma no seu dia do Combatente. Coincidiu com a nossa reunião habitual de operações ligeiras.
Como era dia do Combatente de Crestuma, foi um prazer assistir a uma palestra do Froufe de Andrade e a exortação ao Bando e às suas operações, feita pelo nosso querido Presidente até um dia.

E mais uma vez abatemos um IN de que o pessoal é um fiel admirador pela luta permanente que nos provoca..

Foi um mês de imposição de medalhas pelos serviços prestados à Pátria. Por desconhecimento faltamos a algumas cerimónias mas estivemos presentes na do Eduardo Campos.

Saiu-lhe caro o convite, pois os galetos estavam no ponto para as loirinhas.

Julho:
Operação Penafiel
Um pedido urgente dos Compadres Penafidelenses Cancela e Peixoto, saltamos do comboio nesta linda Cidade, onde só o Cancela esteve presente pois o Peixoto estava de serviço não sabemos a quê, o que para o caso não interessou nada, mas sentimos a falta.
No Regula, para os lados dos Monumentos Paleolíticos e que não deve regular nada bem pois as fartas e deliciosas viandas com que nos abasteceu a preços tão convidativos deixaram antever futuras operações.
Mas isto é malta da pesada que aguenta com tudo.
Para melhorar o ambiente, impôs-se uma visita ao Museu de Penafiel que estou certo o Bando recomenda.

Agosto:
Operação Senhora do Salto
O território precisava de ser limpo e o Ricardo pediu auxílio.
Depois da limpeza do Ferreira - o Rio - o Cansado tratou e muito bem de nós.



Tratou tão bem ca'té o sentinela descansou
O Ricardo presenteou-nos com uma caminhada - que hórrróór - para visita às instalações do futuro Museu do Combatente. Houve os que aguentaram e os que ficaram ao temporal, sozinhos. A defender a rectaguarda.

Setembro
Crestuma de novo
O Zé Ferreira quis agradecer a limpeza da zona e endereçou um convite para desarmados, subirmos até à Marroca.
Uma boa surpresa me esperava ao reencontrar o "velho" Manel Engelha, dos tempos de Catió. O nosso Presidente foi o Padrinho desse momento.
O Zé Ferreira Catió não é menino para brincar em serviço.
E fez questão de nos presentar com umas tripinhas na Dona Rosinha que não deixou créditos por mãos alheias.
Aos brindes, outra surpresa boa: O Madeirense Abreu e o Espumante especial Terras do Demo do Zé. Ca Homem meu Deus...

Outubro
Para desenjoar de tantas operações e afins, descansar e recordar

Uma amesentação simples na Churrasqueira das Antas, com o tradicional Frango e Bacalhau, com que o Bando começou a refinar as reuniões há muito tempo.

Novembro:
E tudo o S. Martinho levou na Campeã.
Desta vez fomos num mini-bus conduzido por um dedicado general-auto que logo de manhã nos criou bichinhos ao dar a dica que podíamos regressar pelo S. Martinho de Penafiel.
Era impossível tanto S. Martinho e ainda nem tinhamos entrado na estrada rumo ao Marão e Alvão.
Já sabemos que o Manuel Fernando Súcio nos reserva e portanto não nos surpreende mais.

Que grandes memórias deste S. Martinho.

Dezembro
O Ataque ao Arranha-Céus
O Zé Ferreira deslumbrou mandando-nos por ali acima até ao 17º onde havia um manjar de gente fina a preços do Bando.

Mas nem imaginávamos o susto que uns tantos levamos quando fomos sabotados entre o 13º e o 14º. A limpeza da zona esteve mal.
Depressa esquecido o susto quando chegamos ao 17º e a vista da Cidade do Porto e os arredores de Gaia e Gondomar apareceram à vista da gente.
A comezaina foi bacana, sortida e bem molhada.

Nada faltou, desde a sempre presente Loirinha até uma (?) CRF ofertada como comissão pelos serviços prestados ao Bando. Pelo meio tinto da Esporão, o Alandra, (os brancos não sei como foram nem as águas), e um Porto que não percebi nada se era do Súcio ou do Bateira.
Para brindar houve um outro Porto que o Zé Ferreira produziu em homenagem ao Bando e aos 600 anos dos Descobrimentos. Claro que o conteúdo da garrafa é muito importante mas a sua valorização aumenta com a embalagem. Modéstia à parte, ainda não perdi o jeito.
Por falar em Descobrimentos, por causa deles 600 anos depois, é que esta grande amizade existe. Gostava de saber se em um outro País, antigos impérios coloniais e/ou colonizadores, se cimentaram amizades tão fortes como as que existem em Portugal entre antigos militares dos anos 60 e 70 do século passado.

No meio disto tudo nunca esqueceremos o Café Progresso onde a nossa história começou há 7 anos.
Bom, eu diria que foi há mais tempo pois a ideia germinava na cabeça de um sonhador. O Fernando Jorge Teixeira. O Jotex para os lados de Crestuma.
Para ele um especial abraço de amizade onde os contras nunca entram, mas os prós sim.
O Bando não é só a presença física que o compõe.
Um passeio pela nossa página do Facebook lá estão os camaradas que encontramos/nos encontraram.
E gente tão diversa que gosta de nós e das nossas histórias mensais e não só.
Aos Bandalhos, estejam eles onde estiverem,  resta-me desejar para o ano a continuação de grandes operações.
E que o Café Progresso mande colocar uma placa em nossa HONRA pois bem a merecemos.