quinta-feira, 12 de março de 2015

P.160 - O Imprevisto no Improviso

Com a devida antecedência foi anunciado em todos os meios de comunicação internáuticos que a Operação Dia do Sável  tinha sido adiada por covardia do inimigo que desertou em vez de dar o corpo ao manifesto cremalheiro.
Por essa razão, determinou o Comando Bandalho fazer uma operação alternativa apenas para manter as tropas operacionais em dia de reunião ordinária. Com o nome de código Arma do Imprevisto coube a responsabilidade do Zé Ferreira Catió organizar a dita.
Deve-se dizer que o Comando não foi muito feliz na escolha. O Bandalho periquito borrou-se todo e esperava-se uma Operação irresponsável.
Com alguma ajuda pelo meio, muito confidencial, foi-se improvisando.
Começou pelo encontro habitual em frente ao Abadia, onde o Súcio desembarcaria do seu autocarro.
Até aí, nada de problemático. Tavares, Cibrão, Presidente Teixeira, Secretário-general  Portojo (mesmo em baixo de forma), Freire, Encarnação, Quim Silva, General adjunto Peixoto e o Peixoto Compadre de Penafiel - que não se esqueceu do remédio para o Secretário-General - estavam todos prontos para arrancar.
Conforme os registos a hora foi respeitada.
Tudo organizado e vão as tropas a caminho dos Aliados.
Onde se juntaram o Edu Campos e o outro compadre de Penafiel, o Cancela. Até aqui, a organização era-foi perfeita.
Depois começaram as discórdias: Uns queriam assaltar a Caixa; outros votaram a favor de uma marcha até ao Ponto de encontro final na longínqua Gaia, que incluía a travessia por cima da Ponte D. Luís; Outros ainda preferiam assaltar o Metro.
Retirada a proposta do assalto à Caixa, cada um tomou o seu modo de locomoção.
Os repórteres fotográficos dividiram-se para registo na acta. Ponte D. Luís.
Metro
Os Metrolóbis saíram no Jardim do Morro só para uma foto recordativa.
Quem nos fez a foto não pediu autógrafos. Nem vice versa, mas o Eduardo Campos ia-se janando todo quando reconheceu o senhor. Quase deitava a perder a operação. O senhor Presidente oportuníssimo, registou o autor quando se abeirou da ponte, não fosse o diabo tecê-las.
Voltamos a entrar no metro para sair na paragem seguinte, próximo do objectivo.

Nos entretantos chegaram os marchantes e ai começa nova confusão.
O Zé Catió e o Xico Silva apresentaram-se. E vai daí , chega a informação que o ataque só se deve realizar às 14 horas. Como organizador da Operação, ao Zé sai-lhe a ideia de subir à Serra, mas também de irmos visitar o antigo RAP2, a sua unidade de despedida.
Logo formam-se duas divisões. Uma já sobe à serra, outra fica indecisa. Esperando que a crise passe, o Secretário-general e o Freire (ou será o Encarnação) ficam a ver a Banda Passar.
Ganha a visita ao Quartel.
Que agora é uma unidade de serviços. Ninguém imagina a confusão que deu entrarem 14 mânfios armados no Quartel.
Em quanto não chega a ordem que tinha de ser SIM, o secretário-general anota e descansa.
Recordar é Viver, já lá dizia o Vitor Espadinha. Cancela, Peixoto e Campos posam junto de um obus 16.
Na parada, discute-se sabe-se lá o quê.
Aproximação à placa alusiva aos mortos em campanha
Nenhum dos camaradas foi artilheiro no sentido de obuseiro, mas alguns de nós passamos pela Escola Prática de Artilharia, em Vendas Novas. O importante foi a pequenina lembrança que dedicamos aos que em África lá ficaram
Um museu ao ar livre está nesta unidade. E outro numa "caserna" só visitável por pedido expresso.
O Porto e Gaia vistos do Quartel
O Tavares e uma relíquia da Primeira Grande Guerra
Um painel de azulejos recordando unidades que partiram deste quartel em tempos muito antigos
Nas traseiras da Velha Igreja do Convento da Serra do Pilar, recordações de companhias e batalhões que partiram para África
Pormenor da Parada principal e a Caserna dos famosos "Polacos" ao fundo
Soldado do Ultramar perpetuado numa Estátua de Irene Vilar
O nosso Capitão cicerone bem dizia que estava cheio de fome, mas ninguém lhe ligou.
O nosso Cabo cicerone
Fizemos um convite aos dois para virem atacar a guarnição do Senhor Pinto, mas não se quiseram arriscar.


O Zé Catió junto da placa da sua CART,1689
Finalmente desenfiamo-nos
E por nova estrada, a Rua dos Polacos, viemos bater certinhos ao objectivo
 Antes que a coisa corresse mal, assim era o espírito da tropa Bandalha, melhor deixar uma recordação.
 Hora do ataque, duas em ponto, com salgadinhos, presunto, queijo, azeitonas, tinto e branco e loirinhas na mão. Vamos a eles camaradas. E fomos sem olhar para trás.


Andava no ar um certo gelo. Constava-se que por motivos operacionais, o Presidente ia-se demitir antes de o mandarem pela porta de armas fora. Olhando-se bem, vê-se quem é o instigador do golpe. Quanto ao Secretário-General está-se nas tintas. É um tacho de comando que não perde, de certeza.
Durante a refrega, colocou-se um cessar fogo linguístico.
 Mas ninguém dá um sorriso. É só medo.
O Presidente a fingir que não é nada com ele, tem muito a quem atacar.
Rendido o inimigo pela força das armas: Embora bonitos, saborosos  e em quantidade, os Rojões à Minhota não ofereceram resistência

Ignorando a ordem da Folha da Operação, alguns lateiros adiantaram-se aos despojos.

O remate final, um bandeira erguida ou como antigamente se praticava, um padrão à mesa.
Meio século após a Guerra de África, 4 dezenas de anos após o 11 de Março de 75.
 Os Bandalhos em comemoração da vitória e o Presidente outra vez contente.
O Zé distribiu o seu exclusivo Espumante Terras do Demo Bruto. Um espectáculo.
Um brinde  nós e a quem está em casa.





 Hora de recomeçar a intriga
O Peixoto em pleno acto eleitoral com o apoio de quem julga que vai ser o futuro secretário-general. O Presidente só se ri.

Para se esbaterem uns fumos, há bem próximo o novo Parque da Ponte D. Maria.
O descanso dos guerreiros

 E recomeça a campanha
 Ataques e...
 ...Defesas
 As forças divididas

 Ouvindo-se atentamente todas as partes.

 Uns alegres outros nem tanto. Só falta saber o caminho para o Progresso. E quando há eleições para Presidente-General.
Uns foram a pé por cima. Outros por baixo. Outros de metro para casa
 Campanha eleitoral, a muito obriga.
Só falta a reportagem do Café Progresso. Quem lá esteve que escreva a Acta.
Finalmente descobriu-se a grafia perfeita. Acta sempre. Esta não será assinada a não ser pelo Presidente.
Mas merece ir para a Acta o registo da alta capacidade do Zé Catió em organizar um Imprevisto bem improvisado.