quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

P.62 - Dois em Um e o Bando voou

O Dois em Um tem uma explicação. O Um porque não ficou registado em acta a reunião mensal de 12 último, no Progresso. A coisa está a ficar Abandalhada, com faltas de comparência e deserções antes da hora. Por isso não foram a seu tempo divulgadas as conclusões da reunião. Só umas fotiquinhas mixurucas à saída da reunião, onde já não havia a presença do Kim Mendes nem do Moreira que tinha actuação do "Pénis de Mesa"
Enquanto o pessoal, já na rua, se entretinha a falar de nada e a escolher o local da amesentação, ficou registado para a posteridade um Desenho-grafite, por sinal muito bem feito, numa das paredes de um dos edifícios a desfazer-se no Largo Moínho de Vento. O nosso Presidente JTeix45 foi verificar in loco se o relevo que se nota era verdadeiro. Expert no tema, deduziu que é um perfeito trabalho de sombras cinzentas.
Regressados à reunião em pleno espaço camarário, definiu-se: 1. Amesentação: Churrasqueira das Antas; 2. Comidinha: Frango de churrasco aos bocadinhos e bacalhau assado na brasa. 3. Voo até Cabeceiras de Basto para uma Cabritada. 4. Pormenores a discutir à mesa da Churrasqueira.
Dito e feito, à mesa chegou-se (chegou o Biochene) à conclusão que só podia ser o dia de ontem, 19.
Pois lá nos fomos, envoltos na discussão de quantos km's eram até ao local onde estaria o bicho à nossa espera. Para o caso não interessa, mas sempre se fazem umas fotos pelo caminho. Para o Povo mais tarde recordar.
Imagens surreais que fariam o D. Quixote morrer de inveja por não poder combater estes moinhos de vento.
E há tantos ao longo de tantos montes em que este Norte é fértil.
Eis-nos chegados a terra de Basto (até aqui Basto eu, conforme diz a lenda) mais concretamente a Cabeceiras.
Não havendo respeito pelas hierarquias, alguns Bandalhos (que não esqueceram jamais o tempo da lateirice nem das rações de combate durante as férias na Guiné) não perderam tempo e destruíram as entradas de postinhas de bacalhau frito passado por ovo, o salpicão, os bolinhos de bacalhau e não sei de mais quê, pois a oportunidade de registar a mesa com aqueles acepipes foi-se. A partir daí a hierarquia da velhice impôs-se e acautelou a oportunidade para que fosse devidamente respeitada e registada em foto artística, a primeira das várias mesas que se seguiram do dito cujo cabrito.
O Verde Tinto foi o escolhido para acompanhamento, que o nosso presidente JTeix45, em vias de extinção, provou e aprovou como manda a lei da presidência.
Claro, também de Verde Tinto percebe o Quintas, pequeno mas exigente produtor santotirsense, que confirmou a opinião do nosso Presidente. E até o JPeixoto admitiu ser a "pomada" muito boa. Ele que só gosta de maduro levou-me a acreditar finalmente a que não rejeitasse tal Verde. A quem não aquentou nem arrefeteu estas provas, foi ao Santos, condutor responsável, só bebeu sumos, o que deixou a mesa um pouco mal vista. E ao Biochene, que conforme o próprio nome indica, tudo o que vier na caneca, vem por bem. Para o Moreira, desde que não haja "Jogo de Pénis", enfarda-se tudo e siga.
Tá-se mesmo a ver que já está tudo bem aviado. Ou quási.
Uma saída para a cigarrada da ordem, mas ainda dá para o Presidente e o Santos verificarem a garrafeira da casa. Estão lá uns sumos e águas pelo meio , mas é só para disfarçar.
Numa casa adepta dos Lagartos, a águia Vitória está bem embalsamada. Um aparte. O pessoal lembra-se quando o Presidente -todo torcido diga-se de passagem - estava a conversar com a Sra. Emília sobre os pequenos almoços de antigamente ? E até desenhou uma caneca onde faziam, na aldeia, a cevada ? Vejam agora a foto e para onde o olhar do Presidente se fixou. A Caneca debaixo da Águia Vitória, deu-lhe para imaginar, de repente, um argumento para um futuro filme do Manoel de Oliveira: A Caneca da Cevada com Borra. A mesma que servia, metida num alguidar com água a ferver, de cu para cima, com sal no dito, para cozer pés deformados ou torcidos ...passando uma agulha enfiada, com umas palavras mágicas, etc e tal...
Mas isto são apenas episódios de passagem e que não tem nada a ver com a cigarrada que íamos apreciar.
Enquanto esta se processava, igualmente se processavam umas fotos do que há volta se via. Casas de campo, espigueiros, um ribeirito que apenas se imagina lá ao fundo, uma picada mas bem definida, terrenos onde os irmãos do nosso cabrito deglutido devem gostar de pastar e por aí fora.
E um lindo cruzeiro mesmo em frente à Casa da D. Emília assinala o local de paragem obrigatório.
Com esta paz, o cigarro até parece coca da boa.
O Palacete onde se encontram as instalações da boa comida e bebida.
E p'ra acabar a barona, mais um olhar para outro lado.
De regresso à Casa, olha que bela e verdadeira quadra se nos depara.

É a hora da fruta, (da verdadeira, não da do outro Presidente, que também é boa) dos bolinhos, dos cafés e do bagaço, amadurecido em pipos de carvalho e servido como "il faut" em canecas de meio litro.
É a hora do Bando imigrar. Paga a tainada com 25 euros e para o caminho a oferta de uma litrada individual do tal dito cujo bagaço. Carinhas felizes, a deste Bando. E a D. Emília no seu posto zela para que todos voem felizes.
Nos despedimos com amizade e um adeus, até ao nosso regresso.
O sol já estava fugido e o frio, se é que estava, não pegou.
No feliz aconchego de um dos ninhos - o Cifrão - o Bando descansa. Mas com mais ou menos cara de bom, de mau ou de vilão, cá estamos todos que gozaram à brava neste dia: Teixeira Portojo, Santos, Moreira, Presidente JTeix45, Quintino (escondido, pois realizador que se preza não aparece nas filmagens) Biochene e JPeixoto, o Padrinho.

E assim foi o Dois. Registado com todos os pormenores.