quinta-feira, 14 de outubro de 2010

P.52 - 13.OUT.2010 - O Bando em A.G.M.

Na sua reunião mensal no Progresso, sempre, e como sempre às segundas quartas-feiras de cada mês, o Bando tinha vários pontos para discussão. Por ordem eram (foram): a) Ausências/Presenças da última reunião; b) Estórias do Vinho Doce; c) Falta de fotos; d) Falta de registos no blogue.
Outras ordens de trabalho foram aparecendo ao longo da tarde/noite, mas lá se chega.
É de saudar a participação na ordem dos trabalhos, depois de longa migração, do Domingos Soares. Sem penugem, pois claro, que as travessias de Oceanos e Ares deixam marcas.
Conforme a hora ia avançando, a participação aumentava.
Depois das ausências anteriores justificadas; Da lembrança da presença do Vasquinho das águas na última reunião. E para acabar com a seca que o Domingos Soares levou do nosso presidente (tipo Vasquinho das Águas), de estórias da história desde os últimos 42 anos até aos nossos dias, fez-se a foto final para que o Bando partisse à sua aventura degustativa, porque os papos estavam a ficar vazios.
Já ninguém queria saber do caso do vinho doce e do garrafão velho que se parte e deve ser substituído por novo. Não são os dois euros que o Biochene tem pagar por ele. É só uma questão de princípio que teve de ficar registada em acta. Pelas caras dos Domingos (O Periquito sentado e o Coveiro em pé), são coisas fora de aprovação para registar na tal bendita acta.
Na amesentação das Antas nada mais interessou do que as viandas chegassem depressa ao ninho. Para começar, nada como um picante fora de série, que quási esgotava os bebedouros. Valeu a àgua verde-branco da Lixa e uma cervejinha a modos que aperitivo, cá para o rapaz.
Para ajudar a desfazer os milhos, nada como uma incursão até aos domínios das gentes-bem, no Jardim da ex-Praça Velasquez, actual Sá Carneiro.
Não adianta tentar uma foto artística na hora da digestão. Mas também (não) ajudou o pestilento cheiro da zona. Os Bandalhos bem que se olhavam uns para os outros, desconfiados. Mas sosseguei-os. O cheiro vem daquelas gentes-bem, que passeia os seus animaizinhos de estimação naqueles belos jardins, mas não apanham a merdinha que os bichinhos deixam na relva. Gente bem é isso mesmo.
Fugindo ao ambiente péstido, o Biochene, normalmente tão encolhido no seu canto, tentou um levantamento fora do galho e quási batia o record mundial de voo p(l)é-nado. Não sei se os seus sapatos já foram para o lixo. Ou para a recauchutagem.
Mas a noite não terminaria em glória sem as estórias profundas, acutilantes, aberrantes, paranoicas, alucinantes, dos velhos tempos.
O passar das horas e das águas, não melhoraram a performance do fotógrado, da máquina e do Bando. Tudo junto deu cá uma confusão das antigas...
Melhor mesmo era levantar voo, que outros ninhos nos esperavam ao fim de mais um longo caminho. Com o Bioxene aos comandos, pousando nos vários aerometroportos que o GPS lhe designou, e finalmente o sossego.
Adeus, até ao meu regresso.