quinta-feira, 12 de agosto de 2010

P.48 - O Bando saltou do galho

O ritual das 2ªs quartas-feiras mensais no Café Progresso cumpriu-se, embora com algumas faltas, pois parte do Bando encontra-se a banhos em famosas estâncias balneares da nossa costa: Mira, Moledo, etc. e em gozo de merecidas férias. Voltamos a ter a presença do Kim Mendes, membro efectivo votado por unanimidade na última reunião e agora confirmado em acta, que depois de lida, foi por todos os presentes assinada. Trouxe-nos velhas fotos de presente e entre elas uma aérea do aquartelamento de Guileje, de meados do ano de 68. Uma raridade, tanto mais que foi feita por um camarada em evacuação.
Reunião cumprida, resolvemos ir atabancar ao Pedro. Enquanto esperamos por uns bacalhaus, aperitivamos a ave da ordem, especialidade da casa há quási 49 anos.
Os após eram de intenção sentarmo-nos a tomar ar fresco, nas famosas cadeiras do Terço que estão na igualmente famosa mas triste Avenida dos Aliados.
A intenção vale muito, mas as cadeiras desapareceram. Então nada como um passeio descendo até à Praça.
Uma recordação junto do famoso tanque, que juntamente com a decoração da triste Avenida, é - são - obra do não menos famoso Siza Vieira com o apoio do pior presidente desta Cidade dos últimos 40 anos. O que para o caso não interessa nada.
A linda Menina Nua como fundo de mais uma recordação.
E até o Feio nos fez companhia, já com as Cardosas e S. Bento nas nossas costas.
Já que estávamos ali, fomos visitar o Egas, mas está a sofrer uma limpeza ou restauro. Como é da história, os azulejos da Estação de S. Bento foram aplicados com material impróprio. Então há que periòdicamente tratar deles.
Mas foi bonito ver os turistas por ali olhando os azulejos que estão à mostra. Embora grande parte estejam cobertos com uma rede. Não vá o diabo tecê-las.
Mais um saltinho e fomos até à Sé. Mas que desilusão, minha gente. Não há luz, nem na Sé nem no Terreiro, nem na Torre Medieval, nem na Casa da Câmara. A excepção era o Palácio Episcopal. O único lampião aceso serviu-nos de sol, mas não para o usarmos como o Vasco Santana, pois estávamos muito lúcidos. A máquina é que não queria funcionar. De vez enquando parece que, ela sim, fica com os copos.
No meio do casario quási às escuras, destaca-se a Velha Senhora.
Valha-nos que a Igreja dos Grilos estava bem alumiada, bem como a Bolsa (na foto) e a Igreja da Misericórdia. Já não se pode dizer o mesmo lá para Miragaia, onde o Aljube, o Convento e a Igreja estavam totalmente às escuras. Será da crise ?
Nem para uma fotinha mixuruca deu para fazer.
Pronto, até um dia destes no Cifrão ou para o mês que vem. No Progresso, como sempre.

5 comentários:

  1. Meus Caros

    A falta dos bancos na Av dos Aliados, está relacionada com o episódio de fazer sentar no chão, o famoso Gungunhana.
    Lembram-se?
    Era a forma, de noutros tempos, vergar e humilhar a dignidade de povos e gentes.
    E agora?... já não é? Já estamos noutros tempos? O que mudou?

    No demais, Camaradas, já não é só de pouca luz que se faz notar a outra dignidade desta Cidade em comparação com pequenas urbes da Europa.
    Coisas!...

    Abraços

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  2. Realmente é uma pena!
    Quanto mais os cidadãos trabalham para a Câmara e com mais dinheiro pagam os serviços prestados cada vez com menos qualidade e no final de contas não chega nem para os ordenados dos lixeiros. Neste momento nem sequer chega para mandar lavar os contentores que nós enchemos, pois lançam um pivete danado, mesmo quando estão vazios.
    Enfim estamos bem aviados com os nossos políticos, quer no poder local, quer no poder central é tudo pelo mesmo, pelo mesmo...

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  3. Mais uma grande reportagens dum grande repórter que apesar de se reportar também ao material fotográfico copofónico, consegue o milagre da lúcida reportagem, bem haja (do verbo agir).

    Ó Santos Oliveira, andas-nos a expiar ou quê?
    É que eu não dei pela tua presença quando no Terreiro da Sé disse que há 50 anos, ou mais, tinha visto ali mesmo o filme Gungunhana.
    - Gungunhana senta-te.
    - Aonde?
    - No chão.
    - Está xujo.

    Quanto ás célebres cadeirinhas que estão no cerne da "questã" nos comentários inseridos, parece que o Bioxene que foi de férias para a praia, levou-as para vender as bolas de berlim sentado. Boa férias ó Bandalho, ficas-me a dever uma, tivemos que andar, andar, andar... uff.

    Um abraço
    cumprim/jteix

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  4. Caro Jorge,

    parabéns por o trabalho que tens divulgado sobre o Porto.
    Desta feitacom um Bado que não admite "bandalheiras.
    Abraço
    Jorge Félix

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  5. Consulto este vosso Blog com regularidade, apesar de não ter nada a ver com o vosso grupo. Sou colega de trabalho do vosso camarada João Santos e aproveito para dar os Parabens ao Jorge Portojo pela forma como dinamiza a sua cidade e os maravilhosos textos e fotos que apresenta na vossa página.
    Continue com esse bom humor que o caracteriza certamente e mais uma vez Parabens pelo trabalho desenvolvido é espectacular.Um Beijinho

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