sábado, 17 de junho de 2017

P.212 - O Bando no IV Encontro de Ex-Combatentes ...................Crestuma 10-06-2017...................

ACTA

OPERAÇÃO 10 DE JUNHO

No passado 10 de Junho e como já vem sendo tradição, OS BANDALHOS, comemoram o DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES, na linda Vila de Crestuma, a convite da Associação CRASTUMIA, a que se associou a UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SANDIM, OLIVAL, LEVER E CRESTUMA. Este ano não foi diferente, foi muito melhor! O nosso Bandalho-Mor, José Ferreira esmerou-se em toda a linha e, desde Mestre de Cerimónias, a Trintanário, a Manga de Alpaca, a Estafeta, tudo fez para que este encontro fosse mais um êxito para a sua terra de adopção.
Com um programa rigoroso, digno de um governo de qualquer nação, que homenageia os seus Veteranos de Guerra, teve o seguinte alinhamento :

10H00 - Concentração no Largo da Igreja;
10H30 - Romagem ao cemitério local para homenagem aos Militares Mortos;
11H00 - Sessão Solene na Junta de Freguesia com homenagem aos Combatentes ;
12H15 - Almoço convívio na Casa do Casalinho.

A concentração foi-se fazendo, com a pontualidade que caracterizam os Bandalhos, mas como o programa era alargado a outros que não Bandalhos, a romagem sofreu um atraso de quase uma hora, mas não houve qualquer problema, pois, sob a paragem do autocarro, providencial diga-se, acabou por servir de cobertura ao sol quente que já se fazia sentir àquela hora. Finalmente, já perto das 11H00, iniciou-se a romagem, em viaturas particulares, a caminho do cemitério.
Homenagem sentida de todos os presentes, nela incluídos os pais do Camarada tombado ao serviço da Pátria, que sensibilizados e após uma breve alocução do Representante da Associação Crastumia, o Dr. Romualdo, agradeceram a homenagem.

Seguidamente e já na sede da Junta de Freguesia, teve inicio a cerimónia de homenagem aos Veteranos da Guerra do Ultramar, com a entrega de Diplomas alusivos ao acto, aos Bandalhos presentes.
O Bandalho Jorge Portojo, que partiu para a sua última missão, não foi esquecido, tendo sido agraciado a título póstumo com o Diploma, que simbolicamente foi entregue ao Presidente do Bando, que o recebeu, agradecendo a homenagem e, posteriormente, procedeu à sua entrega ao Melro e Bandalho Gil, para que este dele ficasse fiel depositária na Tabanca dos Melros.

O Bandalho-Mor, José Ferreira, pediu que se lesse um episódio da Guerra, da sua Companhia, a CART 1689, encarregando-se da leitura o Bandalho Ricardo Figueiredo. Finda a mesma, os rostos dos presentes demonstravam bem a emoção e o quão profundo lhes tinha tocado aquele texto, que evidenciava, o que agora se chamam os efeitos colaterais da guerra.

Usou ainda da palavra o candidato a Bandalho, Manuel Monteiro, cuja intervenção se centrou na   ajuda médica e medicamentosa, a prestar aos Combatentes, utilizando para tanto, os Hospitais Militares para esse fim, manifestando a sua revolta pelo abandono a que têm sido deixados pelas diversas associações de combatentes.

O Presidente da Mesa, Alberto Moura, também ele ex-combatente, interveio também, na sequência da exposição feita, trocando-se algumas opiniões sobre a forma como o Estado Português, tem sido inoperante para com os seus Combatentes.

O Bandalho-Mor, José Ferreira aproveitou para informar das múltiplas diligências que já foram tentadas sobre esse assunto, reconhecendo porém que é assunto que quem devia, não o quer resolver.

O Presidente do Bando Teixeira Jteix, agradeceu, em nome dos Bandalhos a cerimónia proporcionada por aquelas Entidades e evidenciou um agradecimento ao Bandalho-Mor, José Ferreira, pelo empenho que dedicou àquela cerimónia.

O Presidente da Mesa, Alberto Moura, deu por encerrados os trabalhos e, seguiu-se o almoço convívio na Casa do Casalinho, com o tradicional leitão assado, regado com champanhe, o TD graciosidade como sempre do Zé Ferreira, seguindo-se as sobremesas. Convívio que se prolongou até meio da tarde, com boa disposição dos presentes.

E não havendo mais nada a tratar foi encerrada a operação por ordem do Presidente sem antes se ter manifestado o profundo agradecimento com que os Bandalhos foram distinguidos, uma vez mais pelas Associação Crastumia, Junta de Freguesia e Gentes locais. E, para constar, foi lavrada a presente acta, que depois de aprovada e completada com a reportagem fotográfica fica registada para memória futura. Mais nada!...



O ex-libris de Crestuma, com a sua torre sineira, deu-nos as primeiras boas vindas, logo pela manhã. Umas sinalas melodiosas, completaram o acolhimento dos Combatentes. O adro e os acessos próximos estavam todos engalanados, com pequenas bandeiras coloridas.




Nem de propósito e para mostrar aos Bandalhos e não só, que em Crestuma, além da canoagem, de que se destaca já internacionalmente, também já há competição dos barcos turísticos. Na imagem uma ultrapassagem vertiginosa, já junto à barragem.




A paragem do autocarro, serviu de guarda sol aos Combatentes que, vinham chegando, paulatinamente, mesmo em conta-gotas ao local da concentração.



Ia-se aproveitando para pôr a conversa em dia e dando uma revisão ao programa que nos esperava.


O Presidente dos Bandalhos, aproveitava para instruir o Bandalho Ricardo Figueiredo, agora repórter Oficial.



Iniciada a romagem até ao cemitério, foi com agrado que registamos a presença feminina.



Numa breve, mas sentida alocução o Dr. Romualdo, homenageou o Camarada tombado ao serviço da Pátria.



Seguiu-se a deposição de flores no jazigo.





Sempre atento e com a objectiva preparada para apanhar o Bandalho mais incauto, estrategicamente o Presidente, tomou a posição mais estratégica e sob a protecção Divina, não vá o diabo tecê-las...





Já no interior da sede da Junta de Freguesia, a mesa  de honra, presidida pelo Alberto Moura, ladeado pelo Dr. Romualdo e o Presidente da Junta, Manuel Azevedo.



Aspecto da assistência, notando-se a presença feminina que muito nos honrou.

Aberta a sessão solene, O Bandalho-Mor, no uso da palavra, pediu que o Bandalho Ricardo Figueiredo, procedesse à leitura de uma passagem real da sua Companhia.


O Autor do texto, o Bandalho-Mor José Ferreira estava emocionado ao reviver aquele trágico episódio  vivido pela sua Companhia e por um seu Camarada.



Seguiu-se a entrega dos Diplomas de Honra, pelos serviços prestados à Pátria, aos Combatentes presentes na cerimónia, tendo o Diploma atribuído ao nosso Secretário General Jorge Portojo, a título póstumo, sido entregue ao Presidente Jteix, que o encaminhou para a Tabanca dos Melros, na pessoa do Melro e Bandalho, Gil, para juntar ao espólio dos Combatentes.


Seguidamente e já na Casa do Casalinho, foram servidos os aperitivos, que saboreamos com vontade, dando destaque aos rojões, que estavam uma especialidade.

Os brindes foram uma constante

As chamadas dos empregados fizeram parte constante da refeição



A oportunidade de apreciar a paisagem envolvente foi uma constante.



Padrinho e afilhado, recebendo este, uma repreensão, pela irrequietude manifestada.



As mesas estavam satisfeitas quer quanto ao repasto, ao convívio e às bebidas.





Era bem notório o desbaste dado pelos convivas.





Seguiram-se as sobremesas, que desapareceram num ápice.



O bolo sofreu um desastre nas curvas de Crestuma, mas nem por isso deixou de registar a data 2017...



 O Presidente convencia o Súcio de que o conteúdo do copo era água do Marão




O calor apertava e era preciso arejar....



 O Professor discursava ou benzia a mesa?... Uma dúvida que ficou!...






Um Bandalho, que por sinal seria o repórter, chuchava o dedo, os Bandalhos, Peixoto e Eduardo discutiam acaloradamente a técnica fotográfica e o Tomás, estava satisfeitinho pelo leitão comido....




Aproximava-se a hora da partida....


 Mas os dois Bandalhos, Valdemar e Fernando, cavaqueavam, salvo seja, sobre a antiguidade de cada um e cada qual... Um era "velhinho da Guiné", o outro "maçarico de Angola"!...


O Francisco explicava ao Guimarães o discurso que havia feito na sessão solene e o Presidente confirmava.

E prontos, para o mês, há mais Bandalheira.

E há mais...
Em Julho no dia 8, será no Choupal dos Melros, no lançamento do livro do Zé Ferreira, o seu II Volume. Não se atrasem a fazer as inscrições, senão... não há tacho pra ninguém.. não há nada pra ninguém... vamos embora Manel.. pará, pá... pa... pá... e não há nada pra ninguém...
Ps: As minhas desculpas ao Bandalho autor da acta. jt

6 comentários:

  1. Afinal podemos dormir descansados, temos repórter. Não tirou tirocínio no CM, disse a verdade e só a verdade.
    Obrigado Ricardo Figueiredo por mais esta acta tão minuciosa e rigorosa e obrigado ao Zé Ferreira, Junta de Freguesia e Crastumia por nos terem proporcionado um dia tão honroso para os "ex-Combatentes Veteranos de Guerra", tão esquecidos pelas entidades oficiais, conforme aliás foi aqui debatido.
    Obrigado a todos os participantes e bem hajam.
    cumprim/jteix

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  2. Parabéns amigo Jteix pela narrativa da cerimónia que tiveram e fizeram parte em Crestuma, ao qual o nosso amigo José Ferreira primou para que desse tudo certo (como sempre). Espero poder estar presente dia 8 na "Tabanca dos Melros" abraço de amizade para todos.

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    1. Caro Firmino Moreira
      Os parabéns devem ser endereçados ao Ricardo Figueiredo, autor desta acta, tal como digo no meu comentário acima, de qualquer maneira obrigado por nos leres.
      Não te esqueças da inscrição para o dia 8 no Choupal dos Melros.
      Um abraço e... até lá.
      cumprim/jteix

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  3. Grande abraço ao pessoal "bandalho"
    Gostei!

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  4. Parabéns Bandalhos!
    Não há convívio, festança, evento ou registo de actividade em que não se notem melhorias no nosso Bando. As provas recentes são evidentes e esta acta do Escrivão-Mor aproxima-se da perfeição. Nós sabemos que a perfeição não existe, porque há sempre um pentelho, digo, pormenor que prejudica qualquer obra. Pois desta vez, o pentelho, digo, pormenor é que eu noto que não ficou registado em acta, uma parte importante da recepção aos Combatentes.
    Efectivamente, já sabiam que o nosso padre teve uma “saída” para acompanhar a malta do Coro da Igreja, numa actuação de prestígio, lá para os lados do Marão. Ora, sem padre e sem missa, restou-nos o uso das instalações sagradas, amavelmente cedidas pelo referido chefe espiritual de Crestuma. Ainda foi alvitrada a hipóteses de se servir ali um Porto de Honra, por forma a chamar estes “fiéis” para a sombra ou “aconchego divino”. Porém, diz-nos a experiência, estes valentões que tanto se mostraram na guerra, vivem agora amedrontados de que as Igrejas (inevitavelmente) venham a cair-lhes em cima. Por isso, foi bem aproveitado o contracto com o “DJ” (Disco-jóquei), António Pinheiro, um especialista em música sacra. Creio que as povoações mais próximas não esquecerão jamais aquele excelente recital de 30 minutos ininterruptos, produzido pelos sinos do carrilhão da nossa Igreja Matriz. Tive o cuidado de verificar que até as avezinhas se manifestaram agradecidas, a avaliar pelos círculos desenhados no céu pelas andorinhas.
    De resto, só terei que agradecer a vossa satisfação (e os elogios) bem manifestada, especialmente a partir da 36ª garrafa de Espumante. De papo cheio de leitão “à maneira”, bem regado e bem moído, e de sorriso aberto em todos os presentes (testemunhados pela excelente reportagem fotográfica), foi a bela imagem que gravámos para a nossa memória futura.
    Um forte abraço do
    José Ferreira

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    1. Bem me parecia a mim Zé, que foi a partir 36ª garrafa de Espumante, que o pessoal começou a acalmar, de tal maneira que a partir da 37ª já nenhum Bandalho ouvia (disse ouvia e não havia) a contagem!... Mas foi bom...
      Um abraço
      cumprim/jteix

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