sábado, 26 de dezembro de 2015

179 - Mensagem

“Num te mexas beilho, não. Nem gozes a bida, não. Bais ber o que perdeste, Ou merda que fizeste. Já foste, grande Morcão.” (autor desconhecido)


Em jeito de testemunho

No final do ano, cada individuo deveria fazer uma rectrospectiva do mesmo e destacar quais os melhores dias que passou. Pelo que tenho observado, poucas são as pessoas que ultrapassam o registo do número dos dedos de uma mão. Felizmente que nem eu nem os meus principais amigos pertencemos a essa multidão de morcões que espera pacientemente pela sua “boa horinha do Senhor”.
Ora aqui está uma boa razão para manifestar a minha satisfação por ter vivido mais um ano de alegrias e de bons convívios. 
Dentre eles, terei que destacar as oportunidades bem vividas junto do nosso Bando. Saboreamos a boa amizade e a boa gastronomia, cultivamos os conhecimentos e promovemos o bom viver. Visitámos os lugares mais lindos, os mais históricos e os mais sagrados. Apreendemos o nosso Património, revivemos as nossas raízes e recordamos as nossas tradições.
Com o Bando, tanto olhámos deslumbrados o nosso Douro como convivemos nas fraldas do Barroso, nas encostas do Alvão e do Marão, nas vinhas de Penafiel, nas escarpas da Senhora do Salto e da Serra do Pilar, nos jardins do Bom Jesus de Braga ou no “presépio” de Crestuma. Com o Bando, fomos ao Museu do Douro, Museu dos Clérigos, Museu Vivo dos Combatentes e Museu do FPC. (Futebol Clube do Porto)
Com o Bando, relembrando os nossos camaradas, fomos ainda ao RAP 2, ao Dia do Combatente de Gondomar, ao 10 de Junho de Crestuma. Assistimos ao reconhecimento tardio na imposição de condecorações de "Bons Serviços prestados à Pátria",
Com o Bando, percorremos os lugares mais típicos e mais simbólicos da nossa mui digna Cidade Invicta do Porto, Património da Humanidade. Aqui, cabe referir que beneficiámos da companhia do Bandalho Jorge Portojo, mais que “Doutor” a falar sobre a História Tripeira. 
Percorremos a Ribeira, Bainharia, Sé, S.Bento, Fontaínhas, Batalha, Aliados, Bolhão, Campo 24 de Agosto, Antas, Caldeireiros, Massarelos, Alfândega, Infante, etc, etc, pontos de referência permanente e cheiinhos de Histórias e Tascas. E no que toca a nomes, ele discorre facilmente sobre as personagens mais sonantes do burgo portuense e arredores. Dá gosto ouvi-lo quando lembra as origens do Porto e de Portugal, os seus donos na Idade Média, o Infante D. Henrique, a fauna fluvial do Rio Douro, a Ferreirinha, as guerras, as revoluções, os Bispos, o Camilo, o Eça, o Alexandre Herculano etc etc.
Por fim, em jeito de Almoço de Natal, fomos contemplar o Porto, através da panorâmica disponível no Restaurante 17º, do Hotel D. Henrique.
Também com o Bando, saboreámos os melhores petiscos da região nortenha. Seria injusto se não lembrasse: - O Cozido Transmontano do Pires - O Sável do Vigário de Atães - Os Rojões do Pinto da Rua dos Polacos - As Tripas da Rosinha da Marroca - A Cabra Velha do Súcio - A Paella do Ricardo de Recarei - O Leitão da Casa do Casalinho de Crestuma - O Bacalhau da Churrasqueira das Antas - A Carne Estufada e o Bacalhau assado de Penafiel - O Magusto da Campeã - O Risoto do D. Henrique
Claro que tudo isto só se consegue graças a um excepcional núcleo de amigos ex-Combatentes que, por coincidência, já reuniam no Café Progresso. E foi das Caldas até à Guiné que começou esta Bandalheira. 
A eles se juntaram outros habilitados camaradas que, perante boas provas, foram sendo justo e agradavelmente admitidos.
Mas para chegar até aqui, o caminho fez-se caminhando por Vendas Novas, Espinho, Gaia, Santarém, Elvas, Chaves, Tavira, Lamego, Porto, Torres Novas, Santa Margarida, Açores, Viana, Tomar. Na Guiné nos perdemos e por causa dela nos achamos.

Um Bom Ano, camaradas.
Zé Ferreira


9 comentários:

  1. Obrigado Zé pelos elogios. Até cansei só de ler.
    Boas entradas e porta-te melhor no próximo ano.
    Um abraço

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  2. Este bandalho,de seu nome Ze Ferreira,está a tornar-se um verdadeiro escritor.Dá prazer ler os seus textos,todos eles recheadosde uma escrita brejeira,ou quase todos,mas de uma beleza literária que cativa o leitor.Aguardamos que lance brevemente o seu livro,que aguardamos ansiosamente.Tenho a certeza que vai bater o record de vendas.Grande abraço. Bom ano de 2016

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  3. Bonita descrição e pormenorizada do que de melhor aconteceu ao Bando no ano prestes a terminar. Escritor que se adapta a todos os estilos, mas o que mais me impressiona no Zé de Catio e a sua simplicidade e também o seu humor refinado e por vezes também um pouco brejeiro. Zé obrigado por seres meu amigo.
    Eduardo Campos.

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    1. Entusiasmado com a leitura do texto originou que me esquecesse de desejar um bom 2016,aqui fica o registo. Um Abraço.

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  4. Bonita descrição e pormenorizada do que de melhor aconteceu ao Bando no ano prestes a terminar. Escritor que se adapta a todos os estilos, mas o que mais me impressiona no Zé de Catio e a sua simplicidade e também o seu humor refinado e por vezes também um pouco brejeiro. Zé obrigado por seres meu amigo.
    Eduardo Campos.

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  5. Amigo Zé Catió eu chamaria a este trabalho brilhante a acta de todas as actas.Está ali toda a actividade Bandalha e que não foi pouca totalmente descriminada.Até estou admirado como trabalhei tanto durante o ano.Um bom ano 2016 para todo o Bando e no fim venha a acta.
    Manuel Carvalho

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  6. Obrigado amigo por esta espetacular discrição dos momentos maravilhosos que passamos. Parabéns pelo teu poder de transmitir com tanta fidelidade e beleza o que de bom vivemos. Um bom ano de 2o16.

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  7. Bonita descrição e muito boa retrospectiva 2015.
    Não há dúvida que o Zé Ferreira quando fala não é gago e escreve sem gaguejar. Por mim não tenho que enganar, não houve um dia bom, todos foram bons dias... boas tardes ou boas noites conforme a ocasião e todos bem aBandalhados e melhor passados com bons camaradas.
    Quanto ao Zé Ferreira, devo dizer que não o conhecia de parte nenhuma, a não ser "daqui", sabia que era o dono de Crestuma, aonde é "o mais que tudo", que fundou o "seu" Clube Náutico, que ainda é considerado... "O Presidente" (mas não tenhas ideias Bandalhas) ouvi dizer que andou na "guerra" por terras de Catió e que era e é um bom camarada.
    Verdade seja dita, o Zé para mim e acho que para todos, é aquele amigo que não se discute, é aquele amigo que está acima dos amigos, é amigo e... prontos!...
    Obrigado Zé por seres meu amigo. Reservo-te um lugar de respeito... no coração do Bando.
    Um abraço muito respeitoso e um Bom Ano 2016.
    cumprim/jteix

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  8. Que é que eu posso dizer, que ainda não tenha sido dito? Que o Zé Ferreira é um contador de histórias emérito e que as escreve como poucos.
    Descrevendo-o como contador contabilista, poderei acrescentar que quer o Balanço de 2015, quer a Demonstração de Resultados têm as suas contas optimamente arrumadas.
    Um grande abraço para o Zé Ferreira e para todos os outros camaradas, bem como os desejos de um Formidável Ano Novo extensivo às vossas famílias.

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