quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

P.156 - O Bando em Dia da Mudança

Tal qual como determinado na última assembleia extraordinária do Bando, extraordinariamente realizada no passado dia 10 na sala emprestada dos Melros e publicado em acta - se for ata que se lixe - a reunião ordinária mensal teria contornos diferentes, acabando-se assim com a tradição de há mais de 5 anos.
A organização única do Bando não deixa margem para dúvidas.
E tal como pogramado e havia sido determinada em ata - ou acta, tanto faz - começou com o encontro na Avenida dos Aliados próximo do Tanque.
 Por aqui e por ali, a concentração foi-se fazendo, próximo do Tanque.
bla bla bla
Um vento gelado obrigou a mudança de local para um mais abrigado.
O Zé Ferreira, que tem o GPS avariado, conseguiu localizar o Bando através do Wapp's privativo.
Depois de duas voltas à Cidade. Do Porto, claro, que ele é de Crestuma, d'acima d'Abintes.
 O Secretário-Administrador-General Mor Peixoto preparou a introdução à  Assembleia
 Entretanto dois bandalhos "serraram" até acabar a língua.
O senhor Presidente J.Teix - ou Jotex para os amigos - desesperado, lá conseguiu calar aquelas almas e iniciou o discurso.
 Mandando descrever para a acta, definiu a ordem de trabalhos, o que  motivou uns risos disfarçados.
 Desanimado, determinou:
 Ponto1. Almoço no Pontual.
 O pessoal acenou que sim, já eram horas e lá fomos a correr Rua do Almada acima, ouvindo pelo caminho a história da Rua e dos Almadas, divinamente contadas pelo Fozense de Gema, António Tavares.
O senhor Presidente estava com ela toda, precisava de desabafar, mandar uns SSIIINNNSS, mas ninguém lhe ligava.
Mas o secretário-general está presente para safar o Presidente de dificuldades e registou para a acta:
Em continuação do ponto 1 da Reunião, há Lombo e Fanecas.
E Tinto Aléu de Vila Real e Águas que não do Marão, para o Fernando Súcio.
 Chegaram as Fanecas e o Lombo e aqui vai disto.
Não há verdadeiramente uma verdade cronológica nas reportagens fotográficas. Por essa razão, não se sabe quando o Presidente e o Secretário General discutiam a ordem de trabalhos. Ou coisa piori...
Bem comidos e melhor bebidos - veja-se a pequena amostra de algumas das botelhas vazias - saíram os brindes.
 bla, bla, bla...
Entre gargalhadas e caras de morcões, sorrisos beatíficos e de mais ou menos, se alguém se lembrar o que se disse ao Brinde e aos Brandes - não se registou em ata (ou será acta ? ) - pode lembrar-nos nos comentários.
P.S.: Alguém alertou o secretário-general que não foram Brandes mas Bagaços.
Mais P.S.: A litertura acima pode ser lida cantada ao som da Tourada do Fernão Tordo e Ari dos Santos e do Pedro Osório.
O Encarnação atura o Campos com grande calma.
Lá ao longe, o Zé Ferreira e o Fernando Súcio aturam-se um ao outro.
Uma paragem na ordem dos trabalhos para ouvir este senhor Pires, o "marcador" de mesas, por sinal o irmão do Pires.
O Bando é Charlie Brauni, cuidado.

Como cantava o Xico Meigo, é a hora... do dinheiro.
 E como fica (ficou) demonstrado, não é só o senhor Presidente que gosta  dele...
....O Hórror, a Tragédia, o Suspense até se se confirmar que ninguém se baldou...
Disse e publique-se ordenado pelo General-Secretário-Director-Mor, Peixoto,
que ninguém se desenfiou...
3 desgraçados 3 - continuam sentados, estoirados por tanto trabalho e ainda se estava no final do Ponto 1 da reunião.
O Senhor Presidente, já na via pública dos Almadas que foi das Hortas e do Laranjal, determina e manda publicar os pontos seguintes da Reunião, que se registarão em acta (pkp é acta ou ata?) conforme formos (irmos, indo) andando.
Ponto 2: Todos a Olhar para o ar: 
Dispensados o Campos (o catarro não o deixa levantar o pisco) e o Cibrão por estar a recuperar do torcicolo espasmódico 
Lá no alto do prédio do Pontual (no topo do terceiro andar) uma raridade para apreciar. Um beiral em telha de meia cana em cerâmica decorada, provavelmente do séc. XVIII. Se não forem são do XIX. E os azulejos da classe refractária areada. E a varanda em ferro forjado, uma das características da Invicta. O ferro forjado e as varandas, logicamente.
Passou-se ao Ponto 3, caminhando por Ricardo Jorge.
Paragem para tomar fôlego já na Rua da Conceição, passado o Largo de Mompilher e lembrar que por cima, à direita, está a Rua do Pinheiro, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, a antiga Escola Académica e a casa onde viveu a grande Ruth Escobar , portuguesa portuense de Campanhã, que o Brasil deixou morrer miseravelmente em 21.12.2012.
O Bando presta a sua homenagem. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ruth_Escobar
O Secretário-General dedicou a esta Rua e a Ruth um pequeno escrito 7 meses antes do seu falecimento: Por vaidade regista-se o link: http://portojofotos.blogspot.pt/2012/05/129-do-largo-de-mompilher-ate-ao.html onde se podem encontrar comentários com recordações da pequena Rua.

O Ponto seguinte e já se perderam os números era fazer uma visita surpresa ao Casimiro.
Quando o desgraçado viu entrar a rapaziada pela loja adentro, deve ter pensado: A minha ruína começa hoje. Volto para a Guiné, terá dito interiormente.
Para evitar males maiores, logo tratou de abrir um Porto, mas daqueles sérios e nada de xarope. Saiu mais um brinde à saúde de todos. Que ficou registado em ata, bem como a qualidade da pomada, um LBV de estalo, como diria o Eça.
O senhor Presidente aproveitou para o discurso da ordem, que não fazendo parte da ordem de trabalhos não se registou. 
Mas foi uma bonita homenagem ao Casimiro e ao bom povo da Guiné.
Em Abril levará o Casimiro a nossa lembrança até ele.
Para a posteridade, regista-se o momento. O resto da rapaziada ficou a esgotar o Porto.

Novo ponto da Reunião: Ou uma cacetada ou uma partilha. 
Visita à Livraria Académica.
Ora pois, fomos recebidos de braços abertos e com extrema simpatia pelo  Senhor Nuno Canavez, transmontano de Mirandela. Que à nossa entrada foi dizendo, cheira-me a Trás-os-Montes. Pudera, estavam lá os transmontanos Presidente Teixeira e Fernando Súcio
20 minutos de agradável partilha com este grande Senhor, camarada dos anos 50 e muitos em Tavira. Ainda andávamos a brincar aos piões e à bola e já ele tinha uma Mauser.
Mais uma vez o Bando recorre ao seu secretário-general para dar a conhecer este ilustre Senhor bem como a sua livraria cuja história pode ser lida em http://portojofotos.blogspot.pt/2012/03/123-rua-dos-martires-da-liberdade.html
Para a posteridade e registo em acta.

O Presidente deixou novo ponto para debater e partiu a correr para a sala de reuniões do Progresso enquanto outros Bandalhos se perderam.
Os que sobraram tinham (tiveram) a missão de:
Visitar a Casa dos Materiais de Construção,o Museu de Numismática do Porto e o Palacete Balsemão em Carlos Alberto.
É o chamado três em um.
Cá estão os sobreviventes desta operação na:
Casa dos Materiais

No Museu de Numismática.
No interior do Palacete
Tem de se realçar a simpatia do acolhimento por parte dos funcionários. E se mais quiseres saber só tens de perguntar.
Não podemos passar em Carlos Alberto sem lembrar o refugiado - rei da Sardenha e de Piemonte - e Humberto Delgado, para o bem e para o mal, o único português que afrontou de caras Salazar. Até ao seu assassinato. 
Finalmente a sala de reuniões no Progresso.
Esperando pacientemente lá estava o Adriano, Admor para os amigos
E para que conste para a posteridade e para o Mundo se lavrou a presente acta-ata que bem ou mal , os Bandalhos do Bando ajudaram a fazer:
No pós acta consta que:
1. Será este o nosso princípio fundamental:
a. Ponto de encontro matinal e refeitório a definir pelo Presidente cujos poderes lhe foram confirmados para tal fim;
b. Caminhadas com pontos de interesse a visitar e a definir pelo Secretário-General -Mor;
c. Ponto de encontro para Assembleias ordinárias e realização das actas, no Café Progresso a meio da tarde. Até ao fim do Inverno. Ós pois bê-se. Mantendo-se as segundas quartas-feiras de cada mês.
d. Assembleias extraordinárias podem ser realizadas em qualquer momento, desde que o Presidente as determine.
Confirmam os presentes de ontem: Presidente Jorge Teixeira; General-Administrador-Mor Jorge Peixoto; Secretário-General-escrivão Jorge Portojo (Teixeira para os amigos); Assistentes: Encarnação, Freire, Zé Catió, Campos, Súcio, Cibrão, Tavares, Quim Silva, Admor. E o camarada amigo do Campos cujo nome foi esquecido mas não esquecido o camarada
Seguem-se as assinaturas nos comentários.

13 comentários:

  1. Eu, Jorge, Portojo para o mundo, Teixeira judeu-romano-lusitano, assino por baixo. Como pediu o Secretário-General, não me faça esquisito.
    Só não entendo onde foram descobrir o Fernão Tordo, crê-se que agora DJ numa boate de Fortaleza mas de nome verdadeiro Fernando.
    Devem ser por influências do Hermano Saraiva e as suas Memórias na RTP respectiva.
    Um abraço para os Bandalhos ausentes. Parece que se andam a armar aos cágados. Mas a gente inda lhes acerta o passo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sendo eu também Teixeira, sou também "isso" tudo?
      Essa dos fundos do Tordo torto, tem a sua piada, embora seja uma grande tourada.
      jt

      Eliminar
  2. Ora pois!!! A rapaziada continua "no pique"!
    Verônica

    ResponderEliminar
  3. Lamento imenso não ter cumprido o programa "Nunca se Sabe" (tipo Ranger). Só agora, através desta acta (e não ata nem desata) verifico o quanto perdi neste dia de convívio abandalhado. Prometo que para a próxima acompanharei a Presidência ainda que seja preciso ir a Trás os Montes.
    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Na próxima quem evocar "Nunca se Sabe" para se pirar, está a pagar!...
      jt

      Eliminar
  4. Gostei... adorei... amei... pois então.
    Extensa quanto baste, mas muito bem elaborada, comé costume...
    No entanto quando se diz que a tradição já não é o que era e se acaba com ela de há mais de 5 anos, lembro que já ela era quebrada de vez em quando, embora muito de quando em vez...
    O camarada esquecido, só no nome, é o Alberto Soares, que eu me lembre já não é a sua primeira vez, também comeu no Olho, as tripas claro.
    De resto tudo nos conformes, tirando uns piquenos pormenores que não são pormaiores, corrigidos.
    Um abraço
    cumprim/jteix

    ResponderEliminar
  5. Parabéns, Jorge! Ótimo trabalho, bjs

    ResponderEliminar
  6. Também penso que as melhores Assembleias foram realizadas fora da Séde e com programas de carácter extraordinário. Agora, com todas essas excepções regulamentadas, podemos (YES WE CAN) llevar a nossa mensagem a toda a Diáspora Bandalha.

    ResponderEliminar
  7. A séde ou a sede, tanto dá.. continuem com essa boa disposição

    ResponderEliminar
  8. A sede é crónica. Foi adquirida nas matas da Guiné e combatida, muitas vezes com água imprópria da bolanha. Por isso, todos nós, que passamos por esse martírio jurámos só beber líquidos devidamente preparados (e certificados) pela mãe natureza, especialmente os seleccionados pelo nosso Deus Baco.

    ResponderEliminar
  9. Vou impugnar a assembleia, já que na ordem de trabalhos não constava a promoção do Peixoto a Director-Mor, ninguém resiste a tachos.

    ResponderEliminar
  10. Recentemente, e enquanto navegava na NET à procura de não sei o quê, encontrei fortuitamente uma história sobre a confraternização de antigos militares, a que apelidavam de “Almoços de Natal”.
    Pelo facto de a ter achado curiosa e pertinente até, de tal forma que me fez meditar sobre como serei, aliás, como seremos todos nós daqui por dez anos e quantos de nós ainda cá estarão, não resisti por isso a colocá-la neste Blog, até porque vem a propósito por via dos “Comes e Bebes” do Bando.

    ALMOÇOS DE CONFRATERNIZAÇÃO
    Em Dezembro de 1984, um grupo de amigos ex-combatentes nas guerras do Ultramar Português em África, concretamente na Guiné, todos eles com 50 anos de idade, instruendos do mesmo curso de cabo milicianos na Escola Prática de Artilharia-Vendas Novas, 2.º turno de 1957, reuniu-se para discutir e escolher o restaurante onde iriam confraternizar num almoço, a que pomposamente apelidaram “Almoço de Natal”.
    - Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical, porque as empregadas eram jeitosas, usavam minissaia e blusas com decotes generosos.

    10 anos mais tarde, em 1994, com 60 anos, o grupo reuniu-se novamente para discutirem a escolha do restaurante para o tal “Almoço de Natal”.
    - Decidiram-se novamente pelo Restaurante Tropical, porque a comida era muito boa e tinha a uma excelente carta de vinhos.

    10 anos mais tarde, em 2004, já com 70 anos, o grupo reuniu-se novamente para discutiram a escolha do restaurante para o tal “Almoço de Natal”.
    - Decidiram-se uma vez mais pelo Restaurante Tropical, porque tinha uma rampa para cadeiras de rodas e até um pequeno elevador...

    10 anos mais tarde, em 2014, já com a bonita idade de 80 anos, o grupo reuniu-se novamente para discutirem uma vez mais a escolha do restaurante para o dito almoço.
    - Finalmente, e mais uma vez, o Grupo decidiu pelo Restaurante Tropical. Todos acharam que era uma grande ideia porque nunca lá tinham ido...


    Com um abraço para o Bando
    Mateus de Sousa

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como essa história passa na net com muita frequencia; Como é adaptada de uma história brasileira; Como gostamos de coisas originais; Pedimos ao senhor Mateus que se diz Bandalho que faça coisa de jeito.

      Eliminar