quinta-feira, 14 de abril de 2011

P.68 - O Bando e a Lágrima ao Canto do Olho

O Bando não é um Bando qualquer. Tem sentimentos. À sua vocação de Assembleia Geral Progresso (ista), em cada segunda quarta feira mensal, alia a saudade; os pequenos pormenores do antigamente; o reconhecer cada um de nós (e de vós) na enormidade de fotos que o nosso querido Presidente JTeix45comoscumprimentos faz questão de transportar na sua maleta a imitar o conteúdo de um pc de mão; as estórias das consultas médicas; o ála que se faz tarde.

Esta quarta-feira estava programada para ser um dia/noite de homenagem. Ao Vasco. Não ao do "omostaideu", nem ao Descobridor de Sines, mas sim ao de Buarcos/Figueira da Foz, também Gama de apelido e que passou uns anos de férias nesta Cidade Invicta, passeando os canhenhos de economia debaixo do braço, indiferente às Trevas da Luz. Sim, porque naquele tempo também já as havia cá para cima. E de que maneira...

Por isso fizemos alguns caminhos travessos, desde o Progresso, e por ele (Vasco) percorridos outrora, por Carlos Alberto até ao Rosário.

Mas, antes de chegarmos à Morgue, onde havia uma cantina bem apetrechada, fomos olhar a Capela de Santo António do Carregal, que embora já lá esteja há séculos a cair, ele nunca viu. Apostamos um jantar à Luz das Velas, que podem até ser vermelhas, se ele nos contradisser e provar. Mesmo garantindo como ouro de lei do tempo de Salazar made in nazi, (porque este de agora não vale um charro), que está junta à propriedade que foi dos Viscondes de Vilarinho. E mais, no palacete esteve o primeiro conservatório de música do Porto. (De iniciativa da Câmara do Porto. Felizmente que o Rui Rio não era nascido, porque senão tinha-o vendido ao Milenium) Mas adiante, que o Bando queria saltar para os novos poleiros. A aposta fica para depois.


Por Becos e Travessas - Carregal, Paço, Rosário - , olhando o que já foram jardins e palacetes, paramos no 150 da Rua do Rosário, (ele sabe do que estamos a falar, não é Vasquinho ?) ùnicamente para confirmar que a casa está de pé e bonita. E até ouvimos ruídos de obras. Bom sinal. O verde e azul são predominantes. Nada de vermelho.
Há 50 anos uma foto desta qualidade artística, serviria para ser recomendada como exemplo, para a impressão numa capa de disco de 45 rpm de um qualquer conjunto típico ou folclórico. Inventado ou não pelo Pedro Homem de Mello. (Foge Peixoto...) Hoje é apenas para mostrar ao Vasco que o Domingos ainda cá está. Mas gràficamente estamos perfeitos ao estilo dos sixteen's. Parecemos um galheteiro. Mas não foi de propósito. Cada um escolheu o seu local de pose... Aproveitem e vejam a beleza da pedra da calçada. Estória longa essa das pedras da calçada, que nada tem a ver com o Bando. Mas que o Bando conhece...
O Bando quando homenageia é a sério. O Sr. Domingos foi-se e o Patrão actual é o Sr. Pinto. E a Senhora fez questão de ficar na foto para memória futura, enquanto a rapaziada se preparava para deglutir o frango do dia. Vasco, hoje já não se diz Pito do Dia...
Como se pode ver, caro Vasco, não era só no teu tempo que a rapaziada tinha sede. Jovens ontem, velhinhos hoje, mas o prazer não acabou. No meio da charrascada, um fino à espera do fotógrafo do momento. O Sr. Pinto muito admirado porque não entendia nada daquela guerra. Um frango para 5 ? 2 garrafas de Vilacetinho ? Será a crise, pensará ele de que...
Porque são concorrentes, aqui os juntamos: O Zé de Braga e o Domingos. E siga para o Bacalhau.
Sim, porque se julgavam que um frango no Domingos chegava para estes poucos Bandalhos, estão confusos. É que o Bacalhau à Braga do Zé estava já encomendado. Nada de fotos que possam prejudicar o efeito. Bacalhau, canecas de verde da casa (o Campelo, fresquinho, é bom bebê-lo, há muito que esgotou), tudo muito secreto. Inclusivé as dissertações do ex-banqueiro ADMOR, que, por ele ( A Corja, bem entendido, não sei se me estou a explicar bem...) ía toda para o Campo Pequeno. Mas depois das contas feitas - quer dizer, das canecas entornadas - íam mas é para o Campo Grande. O Real Madrid inteiro, com Santiago e tudo, também. Ficamos na dúvida se ele se referia a toureiros ou mergulhadores. Como cá para cima não há - hão ? - uma coisa nem outra, deixemos o camarada em paz, pensando que na Guiné é que era bom, a dar umas injecções nas bajudas (onde é que eu já escrevi isto ???)
Uma bonita lembrança em mármore de vários países ( incluindo Portugal, mas transformada cá na cor e desenho da amostra, e que será o pavimento do futuro - mas breve - Hotel Intercontinental das Cardosas), serviu para resguardar os dinheiros do Bacalhau da ventania...
O Bando gosta muito de homenagear. Imitando o Rui Rio, que teve de levantar o tutu da cadeira para o efeito, desta vez foi ao Wellington, o camone, Conde e Duque de tantas terras, incluíndo da Vitória. Quem mandou fazer a placa com os ditos títulos, (espero que não tenha sido o Souto Moura ou o Siza Vieira) esqueceu-se que o pessoal não gosta de confusões. É que poderia mencionar qual a Vitória. Porque aqui da freguesia vizinha não o foi, de certeza.

Por detrás, o famoso ex-Hotel do Louvre, onde o nosso Presidente (JTeix, o do Bando) tirou a carta de condução. Pareceu-me que ele quis dizer que não foi por correspondência. Mas como é difícil entender um Vitoriano em Miragaia, seguimos em frente.
Porque estava muito calor, fomos regar o Jardim do Carregal. A pose da ordem no após rega. Quási felizes. Mas não totalmente e aí começou a Lágrima ao Canto do Olho. É que faltou à reunião o Biochene e o seu carrinho multi-familiar para a entrega porta-a-porta.

Bom, há (ou será á ?) que progredir até ao Bolhão, apanhar o transporte para nos depositar nos locais residenciais. Pelo caminho cumprimentamos a velha senhora dos Clérigos, (ainda pensamos seguir pelos Caldeireiros só para ver se o Xavier ainda existe e as meninas às portas, mas desistimos. Somos gente do bem). Juntamo-nos à reza da umas jovens universitárias da novel juventude à rasca, olhamos o pouquinho das Muralhas Fernandinas no Café (fechado) do Olival, apreciamos a Belle Epoque da centenária Farmácia da Porta do Olival e por aí fora. É sempre a descer até à Praça. Depreciamos a Farmácia Vitália mais a sua fachada e terminamos na ex-Brasileira para umas águas finais (um café e um bagaço também).

Duas palavras de ordem: Ao Vasco para que venha participar numa segunda quarta-feira de um mês para "retribuir" a homenagem. Ao Biochene que não venha mais com desculpas, porque tinha um jantar marcado há muito tempo. Ora este nosso jantar está (va) marcado há mais de 2 anos... Não sabes o que perdeste. O Admor a cantar a Igreja de Santa Cruz na Cordoaria a olhar para a de S. José das Taipas. E mai'nada.



5 comentários:

  1. Já?!?!?!
    Isto é o que se pode chamar conserva no etílicóbagaçame!!!
    Não me digas que agora fazes concorrência ao teu blogue das fotos da Invicta?
    É que esta narrativa é demais, é de longe a melhor conseguida esta época, mesmo com o Bando desfalcado.
    Aguardamos que o Vasco caia na "asneira" de aceitar o desafio nem que se lhe tenha de estender a passadeira vermelha que até pode ser azul.
    E já agora, mesmo não havendo um "150" na Rua do Rosário para todos os que fazem o favor de nos seguir via blogue (alô S. Oliveira) aqui fica também o convite.
    Para os que que não aparecem mas deviam aparecer, olha...apareçam, ou ainda precisam de convite?
    Abraços
    cumprim/jteix

    ResponderEliminar
  2. Caros Bandalhos

    Expliquem-me a que "apetrechos" ou fantasias se referem onde se diz:
    "Mas, antes de chegarmos à Morgue, onde havia uma cantina bem apetrechada..."
    Pois, infelizmente para clientes da dita.

    É tétrico, sobretudo por saber que eles (os Bandalhos) comem (de) tudo.
    Pica aqui, pica ali, (uma Pica para cinco, etc.), até que começa a amanhecer e o sono e o resto os faz retornar a casa.

    Quanto ao Campo Pequeno, o "gajo" já está arrependido, segundo o que se ouviu aqui pelo Reino Unido...

    Parafraseando, abraços cá de longe (onde é que já li isto?), do
    Santos Oliveira

    ResponderEliminar
  3. jteix, Caro Bandalho Presidente

    Acabo de colocar um Coment e quando vou fazer a verificação (porque já têm havido falhanços inexplicáveis e que nem dão golo nem nada)lá está a tua piada finíssima.
    Vê. Eu, com aquilo que vou seguindo do vosso muito agradável percurso, faço as contas á pedalada que V ainda têm e que eu, confesso, já não possuo.
    E como dos fracos não reza a História, deixem-me lê-la e imaginar que também consigo estar nela.
    Escreve na Acta!

    Abraço bem aBandalh(o)ado, do
    Santos OLiveira

    ResponderEliminar
  4. Queridos Camaradas, um pequeno comentário aqui exposto que exprimisse um misto de sentimentos de alegria e de emoção que a vossa reportagem me causou, seria pouco para vos agradecer.Vou escrever-vos um texto que enviarei ao nosso Jorge Portojo.
    Um destes dias estarei convosco, eventualmente com a minha mulher, que tem no Porto a sua cidade de eleição, mas dizer-vos que o meu Buarcos lindo também é vosso e aqui também terão de vir a uma petiscada.
    Um grande e amigo abraço do
    Vasco A. R. da Gama

    ResponderEliminar
  5. Oh Santos Oliveira, a porta, material ou virtual, está sempre escancarada para os amigos, sempre hás-de arranjar maneira de a transpor e dê lá por onde der mais tarde ou mais cedo, quer queiras quer não, vai ter que acontecer... digo eu!
    Um abraço da Bandalheira
    cumprim/jteix

    ResponderEliminar