Na cercania do Hospital de S. João, mais concretamente junto a uma das desactivadas estações terminais dos Transportes Colectivos do Porto, - aqui não se inclui a da Quinta do Ambrósio, em Gondomar, porque, embora tenha valido milhões (ganhos) a alguma, pouca, gente e muitos custos aos contribuintes (pobre Povo) até dar com um pau, mas isso não interessa para nada ao grupo guerrilheiro chamado Governo e a outros chamados Tribunais e ainda muito menos à Administração dos STCP, foi o terreno desactivado de minas e fornilhos, mas continua inútil.- ficamos a aguardar o Fernando Súcio, que segundo as últimas informações já tinha atravessado o Marão.
Enquanto esperávamos, passavam ambulâncias a caminho do Hospital, roncando as suas sirenes na estreita estrada chamada da Circunvalação interior. Carros a desviarem-se para cima dos rails outros para cima de nós, deixando um corredor de passagem.
Diz o Peixoto e muito bem, se há uma faixa central enorme a dividir as duas vias - As interiores e exteriores da Circunvalação, porque não criar por aí o caminho das ambulâncias ?
Fica o apelo à Câmara (ou Câmaras ?), às nóveis Freguesias, às Estradas de Portugal. Quem for o dono do espaço que se amanhe. Não durmam sem serviço.
E o Súcio chegou mais o seu belo carrinho e aí metemos as rodas ao caminho.
Embora rezando, atravessamos a Ponte do Freixo. Não com medo dela cair, mas como íamos para a terra de lagartos e lampiões toda a ajuda é boa.
O grande artista de interiores (claro, o querido Presidente) fazia as suas grandes reportagens.Reparem, queridos camaradas, amigas e amigos, simples leitores, no espelho retrovisor.
Em Pombal, após o cafézinho de um euro e tal - o tal é porque não me lembro se foi 10 ou 20 cêntimos. Como gamam estes concessionários monopolistas - merece uma foto para recordação.
Depois de volteadas as 36 rotundas entre a saída da A1 e até encontrarmos Monte Real, incluindo as dos caminhos secundários - meu Deus, como se rouba neste País em obras público-camarárias - qualquer coisa como uns 30 Km. chegamos ao ponto de encontro. O velho Café Central, como nas histórias de antigamente.Lá estavam velhos camaradas, uns já conhecidos, como o Sardinha, o Vasco da Gama, - recauchutado de fresco, limpinho - a Gisela, o Miguel aviador (o da aventura do Neca Quelhas).
Outros que nos conheciam só de nome, e que nome segundo exclamavam em voz sussurrada, não acontecesse o Bando começar a distribuir uns Dragões a torto e a direito.
A barriguinha de segurar violas e cavaquinhos do David, sempre em grande forma; O Lobo huuuuuuuu distribui convites e lá estaremos.
Ora pois, já tinha chegado o Zé Ferreira, todo desarmado para ninguém pensar que eram reforços bandalhos.
Estes Centristas não têm horas. Como estão ao pé da porta, julgam que quem faz 300 e 200 km ou mais, não precisa de comer. Mas enfim, lá se mexeram calçada abaixo.
Afinal, a lateirice acaba por acontecer. Igual em todos os lados. Eram quási duas horas. Íamos morrendo. Dasse...
Um cozido farto deveria acabar com as barrigas mais encolhidas. Nas travessas, saborosas couves brancas, batatas, nabos e cenouras cozidas com as carnes. Chouriços, morcelas de arroz, farinheiras, enfim, juntos e juntas com orelheira, toucinho gordo, mafioso para o colesterol mas uma delícia na boca. E mais uns chispes e pezinhos do bicho Tó, ou não estivessemos na terra dele; Mas a carne de vaca (ou de boi que para o caso tanto faz ) era racionada, distribuída à priori. Cada naco era mais uma refeição, a gordura daria uma geleia gloriosa, melhorando o paladar desse bicho ou bicha nobre que não deve ter passado mal em manjedoura especial.
Excelente será pouco, mas por agora serve.
Depois há sempre as velhas conversetas. Uns lagartos quiseram meter umas bocas mas foram condicionados. Um lampião da extrema direita baixa, mostrou a radiografia sobre o que lhe fizeram, algures, em qualquer centro Dragoniano. Coisa miserável.
Términus e uma foto de um bandalho anónimo.
Lopes e Lopes deseja-nos boa viagem. Obrigado camarada. E se encontrares caminhos para Norte, já sabes, estamos cá.
Também como nos contos antigos, talvez do Eça e das suas comidas caseiras, a Pensão Montanha merece visitas. Amabilidade; bom e completo e farto cozido; pomada razoável, saborosas sobremesas. O café e o bagaço não são lá grande coisa, mas o Súcio foi prevenido e matamos o bicho a muita gente boa... Camarada é isso mesmo.
Uma foto perdida, mostra o secretário técnico Bandalho - eu, je, mois, - a distribuir a tal pomada que o Súcio generosamente transportou estilo candonga, enquanto o Presidente Mexia Centrista botava faladura. Parece que os Presidentes, eles os hão em todo o lado e até na República, se esquecem que ninguém lhes liga nada enquanto houver uma branquinha transmontana a rolar.
Foto de autor desconhecido, mas segundo a espionagem norte-americana, parece que é Moreno o seu nome; Não pagamos direitos de autor fica desde já a saber.
O Bando queria meter rodas a caminho; o Lobo e o David não entraram nas tangas e puseram-se ao fresco; o Zé Ferreira foi na frente para picar a estrada e acabar um serviço que ficou em meio. Pensamos nós de que...
Desorganizados, o Bando não atinava se se seguiam as enguias de Aveiro ou o Leitão da Mealhada. O Presidente, não ata (ou será acta ?) nem desata (ou será desacta...) O Peixoto e o Quintino é só guiões para filmes fora de época. O Súcio só diz que não tem pressa.
Até que, saltou um click e zás, Cantanhede, é para os Leitões. Nem que sejam chineses. Há os que acreditam e os que não acreditam. Eu sou do sim.
Como tudo que não é organizado, lá fomos conhecer uma linda terra, passando-lhe pelo meio. Outros meios seriam tão bons, mas é tarde. Não dá para parar e vamos em frente. O Zé espera-nos. Mais de 40 km sem proveito, até que é aqui. Já tá...
Bem enquadrado, o Bando posa para a posteridade. Olhai, como estamos alegres.
O Zé pediu um champanhe tinto, que diga-se de passagem, não faz febre à loirinha. Um pãozito e azeitonas sem deixarem grande marca degustativa.
Veio o bicho, um kilo disse a simpática hospedeira. Desenxabido, a acompanhar um molho super picante, detestável. Talvez para esconder o paladar do dito bicho. Se não era chinês não andava longe. Mas porque será que sou bruxo ? E o Bando até gosta de coisas picantes. As batatas fritas às rodelas gordurentas e de paladar pouco agradável. Para esquecer.
Parece que a alegria do Bando não era muita. Salvou a da simpática hospedeira. Mas paciência.
Ainda por cima o camarada Súcio teve um desarranjo na máquina. Mas parece que foi resolvido. Estamos à espera da confirmação.
Sabe quem nos conhece e quem nos lê, que o Bando não regateia elogios quando gosta de comidas. Sejam simples petiscos, sejam de faca e garfo.
E faz sempre a sua publicidade às casas e aos empregados e aos patrões quando merecem.
Neste caso do Leitão, deste leitão, não é o caso.
Mas não estragou o nosso dia.